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    Estamos totalmente no escuro com a delação do Cid, diz advogado de Bolsonaro

    Em frente ao hospital em que ex-presidente passará por procedimentos cirúrgicos, Fabio Wajngarten negou ser contra a delação premiada do ex-ajudante de ordens

    Advogado e assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten
    Advogado e assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten CNN

    Isabelle Salemeda CNN

    em São Paulo

    O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, negou ser contra a delação premiada do ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid pela não participação do Ministério Público no acordo.

    O advogado falou com jornalistas em frente ao Hospital Vila Nova Star, no Itaim, zona sul da capital paulista, enquanto esperava por Bolsonaro, que se internou na unidade no início da tarde desta segunda-feira (11).

    Veja também: Ex-segurança de Bolsonaro pede liberdade após saída de Mauro Cid

    Na conversa, Wajngarten disse que não tem informações sobre o acordo de Cid com a Polícia Federal (PF).

    O ex-ajudante negociou uma delação premiada desde que começou a colaborar com as investigações nas quais está envolvido – que vão desde o esquema de venda ilegal de joias da Presidência até o esquema de manipulação de dados de vacinação contra a Covid-19.

    “A gente não tem nenhuma informação. Estamos totalmente no escuro”, disse Wajngarten.

    Entenda o caso

    No sábado (9), Moraes homologou o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid com a Polícia Federal (PF). Ele também autorizou a liberdade provisória do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, que estava preso desde maio.

    O ministro determinou, no entanto, que Cid cumpra medidas cautelares, como uso tornozeleira eletrônica, limitação de sair de casa aos fins de semana e também à noite, afastamento das funções no Exército e proibição de contato com outros investigados.

    O Exército cumpriu a decisão, suspendendo Cid, mas manteve o pagamento de seu salário.

    Na última quarta-feira (6), Cid esteve no STF e foi recebido pelo juiz auxiliar Marco Antônio Vargas, que trabalha no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, para confirmar formalmente a intenção da delação.

    Veja: Delação de Cid pode ser um terremoto para Bolsonaro, diz cientista político

    Após a homologação, a investigação da Polícia Federal (PF) entra em uma nova fase. O militar, além de se apresentar toda segunda-feira na Vara de Execuções Penais, prestará novos depoimentos aos investigadores. Há previsão de oitiva ainda nesta semana.

    A PF deve colher novas informações e colaboração dele nos pontos-chave da investigação. Os agentes passam a checar ponto a ponto o que foi passado por Cid.

    Além das provas já colhidas desde o começo da apuração do caso, a PF deve colher novos elementos que corroborem as informações.

    Segundo apuração da âncora da CNN Raquel Landim, a Procuradoria-Geral da República (PGR) questionou falta de provas, a competência do STF e a voluntariedade de Cid na delação.

    A analista da CNN Clarissa Oliveira apurou com interlocutores do ex-presidente que Bolsonaro duvidou até o último minuto que Cid delataria.