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    Esquema previa 6% do valor de emendas para propina, diz PF

    Investigadores analisaram troca de mensagens que apontaram o crime

    Gabbriela VerasElijonas Maiada CNN , Brasília

    A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação sobre supostos desvios de emendas parlamentares, detalha o “contrato de propina” apontado pela Polícia Federal (PF), com pagamento de 6% de retorno.

    “Ao longo de mais de 100 páginas, com transcrição de conversas de whatsapp e a juntada de um contrato escrito de prestação de serviços no qual o único objetivo era a captação de recursos através de indicação de emendas parlamentares, havendo como contrapartida o pagamento de ‘comissão’ de 6 (seis) por cento sobre o valor captado”, diz o documento obtido pela CNN.

    Segundo o ministro, a PF aponta a existência de uma organização criminosa que direcionava emendas parlamentares e se apropriava de parte desses recursos públicos.

    As emendas parlamentares foram destinadas, nesse caso específico, ao Hospital Ana Nery, localizado em Santa Cruz do Sul (RS), com a cobrança, segundo a PF, de percentual dos valores repassados.

    A investigação teve início após a descoberta de conversas extraídas do celular de um lobista, na qual um de seus interlocutores, o secretário parlamentar Lino Rogério, sugere o envio de emendas pelo deputado federal Afonso Antunes da Motta (PDT-RS), em favor da unidade hospitalar, mediante o pagamento de vantagem indevida.

    Nesta quinta-feira (13), a Polícia Federal cumpre 11 mandados de busca e apreensão e dois mandados de busca pessoal relacionadas a esse caso.

    Entre os alvos, segundo apurou a CNN, está o assessor do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS).

    De acordo com a PF, chamou atenção dos delegados esse “contrato de propina” encontrado ainda durante a investigação.

    Procurada pela CNN, a assessoria de Afonso Motta afirmou que o deputado foi surpreendido e que o parlamentar não foi alvo de buscas e apreensão em seu gabinete. O congressista aguarda ter acesso aos autos do processo da investigação para poder se posicionar.

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