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    Esconderijo de Queiroz começou a ser monitorado há 11 dias

    Em nenhum momento Queiroz saiu imóvel, mas os agentes se concentraram nos detalhes como o apagar e acender das luzes

    Uma conversa, através de mensagens, com Márcia Oliveira de Aguiar, mulher  de Fabrício Queiroz, na qual ela relatava que o ex-assessor do então deputado Flávio Bolsonaro, estava vivendo “escondido numa casa”, foi a pista que os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro precisavam.  

    A forma como os promotores conseguiram chegar na localização de Queiroz não pode ser divulgada por ser uma estratégia de investigação de Inteligência. Os investigadores conseguiam localizar o ponto físico do tal “esconderijo”, mas até ao momento da prisão não tinham certeza absoluta que era o local onde Queiroz já vivia há um ano. 

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    O esconderijo era um imóvel de propriedade do advogado Frederick Wassef, que atua na defesa da família Bolsonaro. E isso também foi bastante revelador na investigação e um importante instrumento para balizar o MP. 

    Queiroz, que também é Policial Militar reformado, começou a ser monitorado pela Polícia Civil de São Paulo há 11 dias. O pedido partiu de promotores do Rio. Os policiais passaram a fazer monitoramento do local – ou campana como se diz no jargão policial – para tentar confirmar quem vivia lá. Porém, Queiroz nunca saiu da casa. Em nenhum momento, durante esses 11 dias, ele foi até o lado de fora de imóvel, mas os agentes se concentraram nos detalhes como: movimento discreta lá dentro e a luz acendia e apagava sempre nos mesmos cômodos. Nem mesmo o delegado responsável por conduzir o apoio da investigação ao MP sabia que o alvo era Queiroz.

    Os promotores tinham certeza que alguém estava escondido no imóvel, ao cruzarem informações de inteligência e que o dono da casa era Wassef, os investigadores concluíram que se tratava de Queiroz e solicitaram à Justiça o pedido de prisão. 

    Durante o monitoramento do imóvel, os policiais desconfiaram que funcionários de Wassef faziam um trabalho de “contra-inteligência”, ou seja, eles vigiavam a casa para tentar descobrir se o local estava sendo monitorado e assim permitir uma fuga de Queiroz antecipada do local, caso a polícia chegasse.