
“Supremo não pode fazer julgamento político”, diz advogado de Bolsonaro
Ao WW, Celso Vilardi pediu "serenidade" ao STF e desvinculou Bolsonaro de ataques contra os Três Poderes


Em entrevista à CNN, o advogado Celso Vilardi disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) precisa rever “todos os atos” das investigações da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pediu por um julgamento “técnico”.
Vilardi passou a integrar, neste ano, a defesa de Jair Bolsonaro em processos que correm contra o ex-presidente no STF.
“É evidente que o julgamento de um presidente da República, num país polarizado como o nosso, tem repercussão política”, declarou Vilardi.
“Agora, uma questão é a repercurssão política. O julgamento não pode ser político: tem que ser técnico, porque nós temos o Código de Processo Penal, temos a Constituição”, declarou.
O novo advogado de Bolsonaro disse reconhecer que o STF ainda está em “estado de choque” pelos ataques criminosos de 8 de janeiro de 2023, mas pontuou: “o Supremo foi atacado no 8 de janeiro como instituição, mas não pelo meu cliente”.
“Agora, é hora de serenidade. Não existe nenhum tipo de problema para um julgamento técnico”, finalizou.
O Supremo não pode fazer um julgamento político. O Supremo tem que fazer um julgamento técnico, com juízes imparciais que vão receber uma causa e vão efetivamente julgar de acordo com o processo
Celso Vilardi, novo advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Nos processos que correm no STF, Bolsonaro já foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por participar de um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes; da venda de joias sauditas, presenteadas ao governo brasileiro; e de um esquema de fraude em cartão de vacinação.