Entramos juntos e sairemos juntos, diz Mandetta sobre equipe da Saúde
"Queremos ter paz para trabalhar", disse o ministro após incerteza sobre sua continuidade no cargo
Após um dia de incerteza sobre sua permanência como ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta fez um pronunciamento na noite desta segunda (6) em Brasília e anunciou que continua, mas que, caso deixe o cargo, toda a equipe da pasta sairá.
“Entramos juntos, estamos juntos e, quando eu deixar o ministério, vamos colaborar para qualquer equipe que aqui venha, mas nós vamos sair juntos. Toda a equipe que está aqui”, afirmou ao lado das principais autoridades do ministério, como o secretário-executivo João Gabbardo e o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira.
Segundo o ministro, todos do órgão estão unidos contra um mesmo inimigo, que tem nome e sobrenome— COVID-19.
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Ele disse que, outra vez, a semana começa com um “solavanco”.
“Queremos ter paz para trabalhar”, disse. “O que nós temos dificuldade é quando, em determinadas situações, por determinadas impressões, as críticas não vêm no sentido de construir, mas vem para trazer dificuldade no ambiente de trabalho. Isso tem sido uma constante”.
O ministro ressaltou que sua gestão é fruto de histórico do SUS, de outros ministros da pasta e da “melhor equipe técnica” com quem tem a “honra de trabalhar”.
Segundo pesquisa do Instituto Datafolha publicada na última sexta-feira (3), as ações do Ministério da Saúde no enfrentamento do coronavírus têm a aprovação de 76% da população brasileira.
Durante a entrevista, Mandetta contou que releu o Mito da Caverna, de Platão, durante o fim de semana. Um dos textos mais icônicos da filosofia, é uma alegoria sobre como só por meio do conhecimento racional seria possível atingir a verdade.
“Faremos nosso sacrifício e daremos nosso quinhão até quando formos importantes, nomeados [aos cargos] e fizermos a diferença. A gente está aqui para ajudar. Mesmo que venha outra equipe, nós vamos ajudar porque temos um compromisso com a vida das pessoas. Agora chega desse assunto e vamos trabalhar”, disse o ministro, que encerrou o pronunciamento sem responder perguntas da imprensa.