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    Entenda o que significa ser indiciado pela PF, como aconteceu com Bolsonaro

    Inquérito da Polícia Federal apontou indícios de três crimes; outras 11 pessoas foram indiciadas

    Aline Fernandescolaboração para a CNN São Paulo

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (4), no âmbito da investigação das vendas das joias sauditas, pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

    Em março, a PF já havia indiciado o ex-presidente no caso das fraudes em cartões de vacina. Ele refuta as acusações nos casos.

    O que significa ser indiciado?

    Uma pessoa investigada passa à condição de indiciada quando o inquérito policial aponta pelo menos um indício de que ela cometeu determinado crime.

    O indiciamento é formalizado pelo delegado de polícia, com base em evidências colhidas em depoimentos, laudos periciais e escutas telefônicas, entre outros instrumentos de investigação.

    Quando o inquérito é concluído, a autoridade policial encaminha o documento ao Ministério Público.

    O Ministério Público — no caso, o Federal — passa a analisar se há provas contra o indiciado. Se considerar que sim, é apresentada uma denúncia à Justiça.

    Condição de réu

    Assim que o Judiciário aceita a denúncia formulada pelo Ministério Público, o denunciado passa à condição de réu e começa a responder a processo judicial.

    O réu tem garantido o direito de defesa. Após responder a processo, ele pode ser absolvido ou condenado a cumprir pena.

    Conforme o Código Penal, a pena pode ser privativa de liberdade, ou seja, de prisão ou restritiva de direitos, como, por exemplo, a prestação de serviços comunitários ou multa.

    Entenda o caso

    O caso das “joias sauditas” apura um suposto plano de negociação de joias milionárias, que foram presenteadas a Bolsonaro por autoridades estrangeiras. As peças teriam sido omitidas e vendidas no exterior.

    A situação envolveu, além de Bolsonaro, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o pai dele, o general Mauro César Cid.

    Além dos dois, o advogado do ex-presidente, Frederick Wassef, e o tenente do Exército Osmar Crivelatti, foram alvos da investigação.

    Como apurou a CNN, Mauro Cesar Cid tentava vender as joias em Miami, nos Estados Unidos, enquanto Crivelatti era responsável por cuidar das joias.

    Em maio, a Polícia Federal colheu imagens nos EUA – onde as joias seriam legalizadas.

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