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    Em vídeo, Carla Zambelli admite estar preocupada com possível cassação pelo TSE

    Parlamentar comentou uma reportagem, de que, nos bastidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a perda do seu mandato e a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) são os próximos passos da Corte

    Deputada federal Carla Zambelli
    Deputada federal Carla Zambelli Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

    Isabella Alonso Panhodo Estadão Conteúdo

    A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) admitiu na noite desta segunda-feira (29) estar preocupada com a possibilidade de ter seu mandato cassado. A parlamentar comentou uma informação do jornal O Estado de S. Paulo do último domingo (28), de que, nos bastidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a perda do seu mandato e a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) são os próximos passos da Corte.

    “Eu vi uma reportagem do Estadão dizendo que o TSE tem como certa não só a inelegibilidade do Bolsonaro, como a minha cassação”, disse a deputada em um vídeo publicado nas suas redes sociais. Ela afirmou que a fotografia que ilustra a matéria é “icônica”, porque a coloca ao lado de Bolsonaro. “Posso até discordar dele em uma ou outra coisa, mas vou sempre estar ao lado dele, apoiando Bolsonaro. Sempre vou ser a fiel escudeira dele”, disse Zambelli.

    Desde a derrota do ex-presidente no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, os dois se afastaram. Parte dos aliados de Bolsonaro atribui a Zambelli a responsabilidade pelo resultado nas urnas, pelo fato de, na véspera do segundo turno, ela ter perseguido o jornalista Luan Araújo empunhando uma arma de fogo. O episódio aconteceu no dia 29 de outubro, nos Jardins, zona sul de São Paulo. O segurança da deputada chegou a efetuar disparos, mas ninguém foi atingido.

    No vídeo desta segunda-feira, Zambelli admitiu estar preocupada e disse que “confia muito em Deus”. Ela relembrou suas declarações da quinta-feira (25), quando se retratou da convocação para uma manifestação a favor de Deltan Dallagnol, no próximo domingo (4). “Fiz um vídeo dizendo ‘a próxima pode ser eu’. E aí, o que vocês vão fazer? Também vão sair às ruas?”, questionou.

    A deputada, que está afastada da Câmara por 30 dias, para tratamento de Burnout e fibromialgia, convocou simpatizantes para uma manifestação organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e outros parlamentares de direita, contra a cassação do mandato do ex-procurador da Lava Jato. A deputada foi criticada por apoiadores de Bolsonaro, incluindo Fábio Wajngarten, assessor pessoal e porta-voz do ex-presidente.

    No mesmo dia, durante um evento do PL em Brasília, Bolsonaro pediu expressamente aos seus correligionários que não fossem ao ato, com a justificativa de que deveriam concentrar esforços na CPMI do 8 de Janeiro. “O mais importante no nosso momento é a CPMI. Estou vendo as pessoas (inaudível) querendo marcar reunião povo na rua. Eu peço: não façam isso”, disse o ex-presidente, ao lado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

    Carla Zambelli expressou sua contrariedade, mas se curvou ao pedido do mentor político. “Confio no Bolsonaro, quando ele diz que agora não é o momento, mas também fico com uma sensação de injustiça muito grande, porque eu não acho que o Deltan merece ser cassado.” Como mostrou o Estadão/Broadcast, não há unanimidade entre a direita sobre a defesa do mandato de Dallagnol.