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    Em ofensiva contra Lula, PL escala tropa de choque bolsonarista em CPI

    Na tentativa de desgastar governo petista, partido pretende utilizar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito como principal palanque de oposição à atual gestão.

    Gustavo Uribe

    O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu transformar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro no principal palanque de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    A estratégia esboçada com o respaldo do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, será a de aproveitar o interesse gerado pela comissão parlamentar para ampliar o discurso de oposição ao petista.

    Para isso, o partido pretende escalar para a CPMI nomes mais afinados a Jair Bolsonaro, com um discurso de oposição considerado mais radical.

    Até agora, o partido definiu as indicações, por exemplo, dos deputados federais Alexandre Ramagem (RJ), Eduardo Bolsonaro (SP) e André Fernandes (CE).

    A sigla deve indicar ainda os senadores Magno Malta (ES) e Jorge Seif (SC), também se perfis mais ideológicos, para ampliar o embate com o governo petista.

    Apesar de o PL defender que Ramagem assuma a presidência da CPMI, com base na tradição de que o partido quem sugeriu a criação do colegiado federal costuma capitaneá-lo, dirigentes do partido reconhecem que dificilmente haverá acordo.

    Por isso, já se discute nos bastidores um apoio ao nome do deputado federal André Fufuca (PP-MA), que conta com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

    Por outro lado, o PT já sinalizou que não aceitará o PL no comando do colegiado federal e se articula pelo apoio de um nome do PSD ou do União Brasil.

    A expectativa é de que, na próxima quarta-feira (26), o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), faça a leitura do requerimento de criação da comissão de inquérito.

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