Em novo formato, TV Brasil deve mudar de nome
Proposta é retomar a existência de duas emissoras com conteúdos distintos, sendo que a televisão de caráter público ficaria sob o comando da Cultura
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva planeja dividir a programação da TV Brasil em duas emissoras distintas, deixando o canal de caráter público a cargo da Secretaria de Cultura, que voltará a ganhar status ministerial na futura gestão.
No início do governo do presidente Jair Bolsonaro, as programações da NBR e da TV Brasil, que antes eram distintas, foram fundidas. Elas passaram a veicular uma grade única gerida pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
A proposta construída pelo governo de transição é manter um canal com programas estatais, voltado à divulgação de iniciativas do governo e que deve voltar a ser chamado de NBR.
E manter um canal com caráter de televisão pública, com programação cultural e de entretenimento, mas que não se chamará TV Brasil. O novo nome não foi ainda definido pela gestão petista.
Segundo cálculos da atual gestão, a fusão da programação das duas emissoras televisivas, promovida em 2019, gerou uma economia de R$ 36 milhões por ano para a EBC. O canal unificado tem, também segundo o governo federal, 10% de veiculação das iniciativas da administração pública e 90% de conteúdo informativo, focado em educação e cultura.
Para o comando da EBC, dirigentes petistas afirmam que três nomes têm sido cotados pelo presidente eleito.
O que tem mais prestígio junto a Lula é o jornalista Flávio Gonçalves, servidor de carreira da empresa pública e diretor-geral do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB). Ele conta com apoios dos ex-governadores da Bahia Jaques Wagner e Rui Costa.
São citados também pela equipe de transição os jornalistas Hélio Doyle, com experiência em veículos de comunicação e na área acadêmica, e Helena Chagas, que foi ministra da Secretaria de Comunicação Social durante o governo Dilma Roussef.
