Em encontro com Xi Jinping, Lula deve defender entrada da Argentina nos Brics
Na última cúpula do grupo, em 2022, declaração conjunta mencionou expressamente "promoção de discussões entre os membros" sobre o processo de expansão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá defender, em conversa com o líder chinês Xi Jinping, a entrada da Argentina nos Brics. A ampliação do bloco e a inclusão do país sul-americano no grupo estão nos pontos de discussão destacados por auxiliares do brasileiro para o encontro reservado entre os dois nesta sexta-feira (14), em Pequim.
O grupo é constituído originalmente por Brasil, China, Índia e Rússia. A África do Sul juntou-se em 2011 como o quinto integrante dos Brics. Dependendo do critério adotado, quando se considera o poder de paridade de compra, a economia somada dos cinco países ultrapassa o PIB do G-7.
A declaração conjunta da última cúpula presidencial dos Brics, em junho do ano passado, mencionava expressamente “a promoção de discussões entre os membros dos Brics sobre o processo de expansão”.
No mesmo parágrafo, entretanto, havia uma ressalva sobre a necessidade de “esclarecer os princípios norteadores” da ampliação e de “consenso” no grupo atual.
O governo brasileiro considera que a presença da Argentina é indispensável em uma primeira leva de novos membros, caso essa seja a decisão dos Brics.
O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, já falou em “mais de uma dúzia” de candidatos. Indonésia, Turquia, Egito, Nigéria, Tailândia e Arábia Saudita estão entre os interessados.
O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, já fez uma expansão inicial. Egito, Emirados Árabes, Bangladesh foram admitidos formalmente. O Uruguai está em processo de adesão.
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) assumiu o comando da instituição, no lugar do brasileiro Marcos Troyjo, e ficará no cargo até julho de 2025.