Em discurso de candidatura, Girão diz querer fim das emendas parlamentares
Candidato à presidência do Senado afirmou que Congresso virou um "balcão de emendas" e cada vez mais pautado pela troca de favores


O candidato à Presidência do Senado, Eduardo Girão (Novo-CE), disse, neste sábado (1º), ser a favor de acabar com as emendas parlamentares. Segundo ele, congressistas realizarem a gestão do orçamento é desvio de função.
“Nós viramos um balcão de emendas há muito tempo. O Congresso cada vez mais com dinheiro, troca de favores. Isso é desigual. É uma concorrência desleal. Eu sou a favor de acabar com emenda parlamentar. Isso é um desvio de função. Está lá nossa prerrogativa constitucional: fiscalizar o poder executivo, fazer leis. Não é gerir orçamento”, afirmou em discurso no Plenário do Senado nesta manhã, quando ocorrem as eleições no Congresso.
Segundo ele, caso seja eleito, vai atuar para acabar com as emendas ou então colocar “publicidade total” no site do Senado sobre a verba.
Girão também teceu críticas ao candidato favorito no pleito, Davi Alcolumbre. Disse que o senador representa um mau “continuísmo” e defendeu o voto aberto para as eleições legislativas. No Senado, o voto é secreto e feito em cédulas.
Girão também listou outras prioridades para um mandato de presidente da Casa, caso eleito: fim do foro privilegiado; aprovação da PEC antidrogas; retorno da prisão em segunda instância; e abrir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
*Sob supervisão de Ronald Johnston