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    Em CPI, “Faraó dos Bitcoins” diz que é possível pagar clientes se PF desbloquear recursos

    Glaidson Acácio dos Santos está preso desde agosto de 2021 acusado de montar um esquema de pirâmide financeira disfarçado de investimento em bitcoins; ele foi ouvido pela CPI das Criptomoedas nesta quarta-feira (12)

    Fernanda Pinottida CNN , em São Paulo

    Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o “Faraó dos Bitcoins”, foi ouvido por videoconferência em sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas nesta quarta-feira (12).

    Presidente da GAS Consultoria e Tecnologia, Glaidson está preso desde a primeira fase da Operação Kryptos, deflagrada pela PF em agosto de 2021. Ele e sua esposa, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa (que está foragida), são acusados de montar um esquema de pirâmide financeira disfarçado de investimento em bitcoins. Glaidson responde a 13 ações penais e tem contra ele seis prisões preventivas decretadas.

    Durante a sessão da CPI, Glaidson negou que a GAS funcionava como fachada para um esquema de pirâmide financeira e disse que foi a operação da PF que impediu a GAS de honrar seus compromissos com os clientes.

    “A empresa não deixou de pagar os seus clientes. Ela foi violada pela PF e paralisou suas operações”, disse. “A GAS nunca atrasou um dia em nove anos de operação. Sempre pagamos adiantado os nossos clientes. Desbloqueando os recursos que estão nas plataformas e pegando o que foi sequestrado pela PF, a GAS tem toda condição de retornar as atividades.”

    Ele também afirmou aos deputados que a única garantia para o rendimento médio de 10% ao mês ofertado aos clientes era “a experiência da empresa”. “Garantias reais, como os bancos oferecem, nós não oferecíamos. Nossa empresa tinha a garantia da nossa experiência”, falou.

    Ele ressaltou ainda que os clientes não compravam criptomoedas especificamente, mas adquiriam os serviços de funcionários da empresa, os chamados “traders”, que investiam em criptoativos com a promessa de entregar o retorno financeiro no prazo acordado.

    Segundo a PF, o esquema operado pela GAS movimentou R$ 38 bilhões por meio de pessoas físicas e jurídicas no Brasil e no exterior. A promessa de retorno médio era de 10% ao mês. Mais de 127 mil investidores estão cadastrados para tentar recuperar R$ 9,3 bilhões perdidos em aplicações financeiras realizadas por meio da GAS, que teve a falência decretada pela Justiça em fevereiro deste ano.

    O presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), disse que vai pedir quebra de sigilos fiscal, bancário e de dados de Glaidson e de sua esposa. Além de pedir para que a Polícia Federal (PF) compartilhe os dados e provas da investigação.

    *Com informações de Agência Câmara de Notícias

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