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    Em carta, grupo de 25 deputadas aliadas cobram Lula por indicação de mulher negra ao STF

    Deputadas dizem que, na história do Supremo, “em 132 anos, nunca houve a indicação de uma mulher negra para o cargo de ministra”

    Thais Arbexda CNN

    em Brasília

    Um grupo de 25 deputadas federais da base aliada enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrando a indicação de uma mulher negra ao Supremo Tribunal Federal (STF).

    Das parlamentares que assinam o documento, 15 são do PT, entre as quais Benedita da Silva (RJ), Erika Kokay (DF), Natália Bonavides (RN) e Carol Dartora (PR). Outras seis signatárias são do PSOL, incluindo nomes como Luiza Erundina (SP), Erika Hilton (SP) e Sâmia Bomfim (SP).

    Na carta, as deputadas dizem que, na história do Supremo, “em 132 anos, nunca houve a indicação de uma mulher negra para o cargo de ministra”.

    “Desde a redemocratização do país, entre os 30 ministros que já ocuparam uma cadeira na Corte, apenas três eram mulheres, todas brancas, e houve apenas um homem negro.”

    Com a aposentadoria de Rosa Weber, Lula tem sido pressionado a indicar uma mulher negra para o Supremo. No documento, as parlamentares também afirmam que a proporção de duas mulheres e nove homens “ficará ainda menor caso um homem substitua” Weber.

    Ainda de acordo com a carta, “sem representatividade e sem diversidade nos espaços de poder”, “o processo de retomada da democracia” pelo qual o Brasil passa fica comprometido.

    “O STF, pelo seu papel institucional de interpretar e aplicar a lei e de garantir os direitos da população, exige uma composição plural e diversa, que corresponda à formação da sociedade brasileira, cuja maioria é formada por pessoas negras. A efetiva representatividade democrática não será possível sem uma mudança de cultura. É preciso promover a correção dessa lacuna histórica!”, diz outro trecho da carta.

    Lula afirmou na última semana, no entanto, que gênero e cor não serão critérios para a escolha ao Supremo. Hoje, o favorito é o ministro da Justiça, Flávio Dino.

    Veja também: Lula tem até dia 20 de outubro para decidir sobre marco temporal