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    Eleições 2020: Quase 150 milhões de brasileiros vão às urnas neste domingo

    As mulheres adultas com ensino-médio completo, entre 35 e 39 anos, representam a maioria dos eleitores neste ano

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    O primeiro turno das eleições municipais de 2020 acontece neste domingo (15), com 147.918.483 eleitores aptos para escolher vereadores, prefeito e vice-prefeito de 5.567 municípios. Tradicionalmente realizada no primeiro domingo de outubro, a votação foi adiada em função da pandemia do novo coronavírus.

    A exceção ficará por conta da cidade de Macapá, afetada pelo apagão de energia elétrica que atinge o estado do Amapá e seus impactos na logística e na segurança do pleito. Por lá, as duas etapas da votação acontecerão nos dias 13 e 27 de dezembro deste ano.

    Também não votam para prefeito os moradores das cidades de Brasília, administrada pelo governador do Distrito Federal, e de Fernando de Noronha (PE), arquipélago governado por um administrador escolhido pelo governador de Pernambuco.

    O maior colégio eleitoral do país é o da cidade de São Paulo, onde 8.986.687 pessoas estão habilitadas para votar nas eleições municipais. O estado de São Paulo também é o que concentra mais votantes, com 33.565.294 eleitores distribuídos entre os 665 municípios paulistas.

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    Na outra ponta, o município que concentra o menor eleitorado do país é Araguainha (MT), com 1.001 eleitores.

    Mesários Eleições 2020
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    Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Os números da eleição

    As mulheres adultas com ensino-médio completo, entre 35 e 39 anos, representam a maioria dos eleitores nas eleições municipais de 2020.

    Dos 147,9 milhões de eleitores, o TSE informa que 52,5% são mulheres e 47,5%, homens. São 9.985 eleitores habilitados a votar utilizando o nome social, que beneficia pessoas transsexuais e transgêneras. Candidatos com nome social são 171, um aumento de 489%.

    O tribunal contabiliza 1.158.405 eleitores autodeclarados como deficientes físicos ou intelectuais. A depender da deficiência do eleitor, a Justiça Eleitoral promove adaptações no processo.

    Eleitores com problema de mobilidade contam como salas de votação localizadas no térreo das escolas, por exemplo. Este é o caso mais comum, representando 417.239 eleitores, ainda segundo o painel do TSE.

    Do outro lado da mesa, são 19.348 candidatos a prefeito e 518.328 candidatos a vereador. Tal qual uma prova de vestibular, há uma relação de candidato por vaga, que é alta, mas não chega à dos cursos mais concorridos em um desses processos.

    Em todo o país, são 3,47 candidatos a prefeito por cada vaga, enquanto há 8,9 postulantes a vereador para cada uma dessas posições disponíveis.

    A ocupação mais informada pelos candidatos é a indefinida “Outros”, que representa 21,41% do total. Entre as preenchidas, aparecem como mais populares “agricultor”, com 6,83%; servidor público municipal, com 6,37%; e “empresário”, com 6%.

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    Pandemia

    Mobilizar tantas pessoas durante a pandemia da Covid-19 é, naturalmente, um desafio. Para mitigar os riscos de contaminação pelo novo coronavírus, o TSE elaborou o Protocolo de Segurança Sanitária, em parceria com autoridades médicas.

    Entre eles estão eliminação de pontos de contato físico, adoção de etapas de higienização com álcool em gel, caneta individual, preferencialmente do próprio eleitor, e o uso de máscaras de proteção individual.

    Na urna

    Após chegar à urna, o eleitor terá duas etapas de votação. Na primeira, poderá votar em um candidato a vereador. Postulantes às Câmaras Municipais são representados por uma sequência de cinco números, sendo os dois primeiros correspondentes ao partido político.

    O eleitor pode ainda escolher apenas um partido, digitando os dois números da legenda. Ou optar por anular, apertando a tecla “Branco” ou um número inexistente na urna eletrônica e confirmando. Vereadores são escolhidos pelo sistema proporcional, em que candidatos do mesmo partido se ajudam entre si. Entenda como funciona a eleição de vereadores no Brasil.

    Na sequência, o voto para prefeito e vice-prefeito. São dois números, do partido político do candidato a prefeito. Para anular, o processo é o mesmo, apertar a tecla “Branco” ou um número inexistente.

    O número dos candidatos a prefeito e vereador podem ser consultados no sistema DivulgaCandContas, do TSE, onde também estão disponíveis informações sobre patrimônio, programa de governo e coligação.

    No estado do Mato Grosso haverá uma terceira e última etapa de votação. Os eleitores do estado escolherão também um candidato a senador para ocupar a vaga aberta após a cassação da ex-senadora Selma Arruda (Podemos) e de seus suplentes, no ano passado, pela prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos nas eleições de 2018.

    Para senador, são três números. Os dois primeiros correspondem ao partido do candidato e o último é escolhido pela chapa no momento do cadastro. A sequência também pode ser consultada no sistema do TSE.

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