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    Eleição na Venezuela: Brasil discordou de recontagem sob observação externa

    Abstenção foi definitiva para OEA rejeitar resolução

    Luísa MartinsJussara Soaresda CNN , Brasília

    Definitiva na rejeição de uma resolução sobre as eleições na Venezuela, a abstenção do Brasil perante a Organização dos Estados Americanos (OEA) se deu por uma discordância em torno de uma possível recontagem dos votos.

    Um dos pontos do texto discutido previa que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela atendesse a um pleito das lideranças da oposição por “uma verificação abrangente dos resultados na presença de organizações de observação independentes”.

    Na avaliação dos representantes brasileiros, isso poderia causar um estremecimento ainda maior das relações com a Venezuela e acabar interditando de forma definitiva a possibilidade de diálogo entre os dois países.

    Fontes do Palácio do Itamaraty também entendem que não seria atribuição da OEA requerer a atuação de observadores, na medida em que alguns dos países-membros não admitem supervisão externa em seus processos eleitorais.

    A leitura é de que solicitar uma recontagem seria uma medida drástica que, além de desrespeitar a soberania da Venezuela, prejudicaria a proteção de integrantes da oposição abrigados na Embaixada da Argentina em Caracas, assumida pelo Brasil.

    Para a diplomacia brasileira, o ideal, neste momento, é seguir insistindo na divulgação dos dados desagregados por mesa de votação. Ontem, o Brasil, a Colômbia e o México lançaram uma nota conjunta pedindo “a verificação imparcial” dos resultados.

    Fontes da diplomacia também salientaram que o Brasil concordou com 99% do texto e esperava que outros países da OEA cedessem em relação ao ponto específico de divergência, mas isso não ocorreu.

    Para a diplomacia brasileira, o ideal, neste momento, é seguir insistindo na divulgação dos dados desagregados por mesa de votação.

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