Eleição caminha para acirramento intenso como em 2014, avalia cientista político
À CNN Rádio, André Régis afirmou que, diante desse cenário, tanto Lula, quanto Bolsonaro têm a necessidade de buscar apoio de outros políticos
Na avaliação do cientista político André Régis, o segundo turno das eleições presidenciais deste ano “caminha para um acirramento intenso.”
“Deve ser um pleito semelhante ao segundo turno de 2014, que teve um empate técnico entre Dilma Rousseff e Aécio Neves”, afirmou, em entrevista à CNN Rádio.
Por esse motivo, o professor da Universidade Federal de Pernambuco “revela a necessidade de busca de apoio dos candidatos, para ampliar os espaços que ocupam.”
A estratégia de Luiz Inácio Lula da Silva, para Régis, é a mesma de 2002, de buscar candidatos que ficaram pelo caminho.
“A grande diferença é que lá atrás tínhamos candidatos que ficaram em terceiro e quatro lugar com maior dimensão de votos”, explicou.
Já Jair Bolsonaro, segundo o cientista político, mudou de estratégia em relação a 2018.
“Ele dizia que não queria apoio de ninguém, porque era anti-sistema, agora não, tem por trás dele toda a estrutura da máquina, mensagem é de que ele tem apoio maciço na Câmara e no Senado”, completou.
André Regis acredita que há espaço no grupo de indecisos para Lula e Bolsonaro conquistarem mais votos.
“Além disso, haverá trabalho para que não haja aumento da abstenção, que já foi muito grande no primeiro turno”, disse.
*Com produção de Isabel Campos