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    Edmilson Rodrigues (PSOL) é empossado e volta à Prefeitura de Belém após 16 anos

    Novo prefeito assumiu o cargo com críticas ao antecessor Zenaldo Coutinho, do PSDB

    Julyanne Jucá, da CNN, em São Paulo

    O prefeito eleito de Belém Edmilson Rodrigues (PSOL) tomou posse nesta sexta-feira (1º) ao lado de seu vice, Edilson Moura (PT). Além do Executivo, 35 vereadores assumiram para a legislatura entre os anos 2021 e 2024.

    Edmilson Rodrigues foi eleito em uma disputa com o Delegado Federal Eguchi (Patriota), quando recebeu 51,76% (390.723) dos votos válidos.

    Este será o seu terceiro mandato como prefeito da capital paraense. Rodrigues administrou o município por duas vezes consecutivas, entre os anos de 1997 e 2004, além de ter tido três mandatos como deputado estadual e dois como deputado federal. 

    Após a assinatura do termo de posse, Rodrigues recebeu a faixa das mãos do agora ex-prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB).

    Apesar desse momento de cortesia, o novo prefeito de Belém não poupou as críticas ao antecessor.

    Durante o seu discurso, Edmilson afirmou que a Prefeitura de Belém é entregue com uma dívida de mais de R$ 1 bilhão, que devem ser pagos a curto e médio prazos, fazendo uma crítica a gestão de Zenaldo Coutinho. “Não sabemos a realidade porque, infelizmente, o governo que hoje deixa a prefeitura não informou à nossa comissão de transição sobre esses números”, explicou. 

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    O prefeito abriu sua fala agradecendo vereadores e outros políticos nominalmente, bem como relembrou a Ditadura Militar no país, quando tinha seis anos de idade. “Grande parte da minha juventude foi consumida por dias em que não tínhamos sequer o direito de eleger prefeito da capital. É importante que se lembre isso.”

    O político colocou diversos pontos a serem adotados por sua gestão durante a legislatura. “A Prefeitura de Belém atuará de forma decisiva para melhorar a vida das pessoas da porta para dentro e da porta para fora de suas casas. Cuidando para que a Saúde e a Educação tenham qualidade e que as ruas sejam limpas e sem buraco, mas também garantindo que toda família belenense tenha comida na mesa todos os dias.”

    Em seu primeiro ato como prefeito, Edmilson apresentou o programa Bora Belém uma de suas promessas de campanha. É um “instrumento de distribuição de renda e garantia de renda básica que implementaremos em cooperação com o governo do estado”, segundo ele. Um projeto de lei para sua implementação foi encaminhado à Câmara Municipal.

    Em relação a Saúde e ao coronavírus, o prefeito reforçou que, mesmo com as divergências entre os partidos, a doença ataca ricos e pobres, não importando diferenças. Reforçou que Mauricio Bezerra foi indicado para assumir a Secretaria de Saúde do município, além de outros secretários que se reuniram para discutirem as medidas que deverão ser adotadas. 

    Ele citou o convênio com universidades, ampliação de leitos e a negociação com o governo do estado para iniciar a vacinação contra a Covid-19. “Qualquer bairro de Belém haverá servidor municipal, em parceria com servidores do estado, vacinando assim que as vacinas forem liberadas no Programa de Imunização que o governo federal prometeu implantar.”

    Formado em arquitetura pela Universidade Federal do Pará, com especialização em Desenvolvimento de Áreas Amazônicas, Edmilson é também professor na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Ele tem 63 e é solteiro. Seus bens declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegam a R$181.976,05.

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