É provável que Maximiano saia da CPI da Pandemia como investigado, avalia Vieira
Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) diz que comissão parlamentar já tem documentos que comprovam irregularidades em negociação de Covaxin
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente da CPI da Pandemia, vê como possibilidade a inclusão do dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, como investigado da comissão de inquérito.
Em entrevista à CNN momentos antes do depoimento do empresário, que teria participação em irregularidades ao intermediar junto ao Ministério da Saúde a compra da vacina Covaxin do laboratório indiano Baraht Biotech, Vieira afirmou que a CPI já tem documentos suficientes que comprovam fraudes na negociação.
“É muito provável que ele seja incluído como investigado por conta do conteúdo das investigações que chegaram até agora, principalmente dos documentos [obtidos pela comissão]”, disse Vieira. O senador, no entanto, reforçou que Maximiano só poderá ser preso durante a oitiva caso ocorra falso testemunho.
“O caso da Precisa hoje é muito claro, já se tem provas de que os documentos eram falsos, a tramitação foi irregular. Agora, temos o governo correndo atrás do prejuízo, se colocando na condição de vítima”, disse o senador do Cidadania.
“Esse tipo de crime é impossível ser realizado sem a participação de gente de dentro do governo. O que precisamos na CPI é delimitar quem participou e qual o alcance do prejuízo concreto, pois não aconteceu sob o ponto de vista financeiro, e sim do ponto técnico, pois se retardou compras importantes de outros fornecedores, gastou tempo e energia para fazer andar processo fraudulento”, apontou Vieira.