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    Doria rebate crítica de Bolsonaro a governadores: ‘Fazemos o que ele não faz’

    Governador de SP criticou atuação do presidente da República frente à crise do coronavírus

    Marcela Rahal Da CNN Brasil, em São Paulo

    Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (20) para anunciar medidas preventivas à disseminação do novo coronavírus, o governador João Doria (PSDB) rebateu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que havia criticado as medidas restritivas tomadas pelos governos estaduais.

    Segundo Doria, ele e os outros governadores estão fazendo “aquilo que ele não faz”. “Nós estamos nos reunindo com as autoridades e tomando as atitudes necessárias. Nós estamos fazendo o que ele deveria fazer como líder do país, mas não faz”, afirmou. 

    Em entrevista à CNN Brasil, o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em Sao Paulo, David Uip, disse que o governador tem seguido rigorosamente as ações do grupo. “Não tem discussao política, é uma discussão científica”, explicou. 

    No início da coletiva, Doria também aproveitou para fazer outro contraponto à família Bolsonaro e prestou sua solidariedade à China, epicentro da crise do coronavírus. “Não é justo que ninguém faça qualquer tipo de acusação contra a China ou povo chinês”, disse.

    O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) havia culpado o governo chinês pela pandemia comparou a resposta do país à epidemia do novo coronavírus à atuação da União Soviética no desastre nuclear de Chernobyl, marcada pela falta de transparência. 

    O tuíte irritou a embaixada chinesa no Brasil, que fez uma série de críticas ao filho do presidente e exigiu um pedido de desculpas. Em entrevista à CNN Brasil, o parlamentar reiterou sua fala e desse que se baseou em fontes na imprensa nacional e internacional.

    “Estamos extremamente chocados por tal provocação flagrante contra o governo e povo chinês. Manifestamos nossa profunda indignação e forte protesto pela atitude irresponsável do deputado Eduardo Bolsonaro”, afirmou a Embaixada da China no Brasil, em nota.