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    Dono de posto que deu origem à Lava Jato quer acesso às mensagens trocadas por procuradores

    Alvos da operação buscam analisar as mensagens dos procuradores com o objetivo de encontrar nas conversas motivos para contestar decisões e anular condenações

    Teo Curyda CNN , Brasília

    O doleiro Carlos Habib Chater, dono do posto de combustíveis que deu origem à Lava Jato, pediu ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ter acesso às mensagens trocadas por integrantes da força-tarefa.

    A defesa de Habib acionou o STF na noite desta terça-feira (11). O advogado Ronaldo Barbosa de Oliveira Filho pede que o ministro, relator do pedido, autorize o compartilhamento da totalidade das mensagens reunidas na Operação Spoofing, que investiga a invasão aos celulares de procuradores e autoridades.

    A solicitação foi feita no âmbito de uma reclamação apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2020, em que a defesa do petista pedia acesso às conversas hackeadas de integrantes da operação.

    Carlos Habib Chater quer a extensão dos efeitos de decisões anteriormente proferidas por Toffoli. O movimento vem sendo adotado por alvos da operação que buscam analisar as mensagens dos procuradores com o objetivo de encontrar nas conversas motivos para contestar decisões e anular condenações.

    A defesa do doleiro sustenta que ele foi o principal alvo da primeira fase da Operação Lava Jato, por ser, à época, dono do Posto da Torre, localizado na região central de Brasília, e que, por isso, deve ter o acesso às mensagens concedido pelo ministro.

    “Além de ter sido preso preventivamente na primeira fase da Operação Lava Jato, o requerente [Habib] foi processado, julgado e condenado por crimes diversos, dentre os quais o de lavagem de dinheiro, pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba”, justifica a defesa.

    O então juiz Sergio Moro escreveu em sua decisão, ao condenar o doleiro em 2015, que as provas da investigação mostravam que Carlos Habib Chater utilizava a estrutura do Posto da Torre e as contas das empresas que ali atuavam para lavar, profissionalmente, dinheiro de origem ilícita para clientes.

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