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    Dois Lados: parlamentares comentam posição do governo Lula sobre teto de gastos

    Deputados federais José Medeiros (PL-MT), vice-líder do governo na Câmara, e Wolney Queiroz (PDT-PE), líder da oposição na Câmara, analisaram a posição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tema

    Basília Rodriguesda CNN

    em Brasília

    No quadro CNN Dois Lados desta quinta-feira (17), os deputados federais José Medeiros (PL-MT), vice-líder do governo na Câmara, e Wolney Queiroz (PDT-PE), líder da oposição na Câmara, analisaram a posição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva sobre o teto de gastos.

    Na noite da quarta-feira (16), a minuta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição foi entregue pelo vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin (PSB), no Congresso Nacional.

    O texto preliminar, que passará por análise do Senado e da Câmara, prevê “R$ 175 bilhões fora do teto e sem prazo definido”, segundo o relator do Orçamento para 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Leia a íntegra da minuta da PEC da Transição que permite gastos extras além do teto de gastos.

    Queiroz afirmou que o teto de gastos deve permitir a distribuição de recursos aos que mais precisam.

    “O que ele [Lula] fala hoje é que é preciso ter um teto que possa garantir os investimentos e a chegada dos recursos para quem mais precisa. Não é possível a gente denominar de regra de ouro, que é como os economistas apelidaram o teto de gastos, quando isso coloca qualquer outro investimento como regra de bronze e regra de prata. Precisamos ter como regra de ouro os recursos chegarem para aqueles que mais precisam”, disse.

    Medeiros afirmou que a posição contrária ao teto de gastos traz impactos para a economia.

    “O Estado vive da economia, não existe um pé de dinheiro. O dinheiro para o social vem do mercado, vem da economia […] Quando o Brasil começa a decolar, vem a galera que defende o furo no teto de gastos. Apaga-se a chama”, diz.

    O líder da oposição na Câmara afirmou que o reajuste do salário mínimo e a manutenção do Auxílio Brasil foram promessas de campanha tanto de Lula quanto de Jair Bolsonaro (PL).

    “Os dois candidatos que foram para o segundo turno prometeram o reajuste real do salário mínimo e a manutenção do Auxílio Brasil/Bolsa Família de R$ 600 […] O teto de gastos só existe para investimentos públicos. Não existe teto de gastos para pagar serviços da dívida, os juros da dívida […] O que nós queremos excetuar do teto de gastos é apenas o pagamento do Bolsa Família e investimentos que são residuais para as universidades e meio ambiente, algo em torno de 198 bilhões”, disse.

    Medeiros afirmou que a preocupação do mercado não se trata de algo pontual, referente ao Auxílio Brasil, mas de algo mais amplo.

    “A preocupação do mercado com essa fala do Lula é que eles sabem que não é o auxílio, é o que o Lula pensa. É justamente que está precificado nessa fala do Lula a não existência de um teto. […] O medo do mercado é justamente o que vem no bojo dessa coisa toda. Isso estava precificado por que os candidatos estavam dizendo, então o mercado estava tranquilo. Agora, essa coisa de você fazer o modo contínuo é uma corruptela do pensamento de Keynes e o PT pensa assim. Esse é o medo do mercado”, disse.

    (Publicado por Lucas Rocha)