Diretoria do BB faz festa sem máscaras e com direito a canja de Gusttavo Lima

Com direito a “canja” do cantor sertanejo Gusttavo Lima, a diretoria executiva do Banco do Brasil promoveu uma festa na sede da instituição, em Brasília, nesta terça-feira (22), sem exigir o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19, para comemorar os resultados de 2021 da instituição financeira.

O banco bateu recorde de lucro de R$ 21 bilhões, um crescimento de 51,4% sobre o ano anterior. O dado foi apresentado no dia 14 de fevereiro, uma semana antes da polêmica.

Fotos da confraternização enviadas à CNN mostram o cantor, que oferece shows com cachê a partir de R$ 700 mil, sentado em um banquinho, tocando violão, dentro da sede do banco, enquanto canta ao microfone preso a um pedestal. À CNN, o Banco do Brasil afirmou que não houve contratação de show, nem pagamento de cachê. O cantor estaria no prédio, de acordo com o banco, para encontro com a área de marketing, como primeira aproximação comercial, e teria aproveitado para cantar algumas de suas músicas.

“Pouco antes do horário da confraternização, o cantor veio ao BB para uma primeira aproximação comercial. Ao final da reunião, o artista foi convidado a conhecer as instalações do banco e alguns executivos da empresa. Foi feito então um convite informal para ele cantar rapidamente, o que foi aceito pelo músico”, respondeu o banco à CNN.

Nas imagens, aparecem o presidente do banco, Fausto Andrade Ribeiro, com uma taça na mão, e um grupo de funcionários da diretoria em volta do cantor. Na cena, é possível contar a presença de pelo menos 15 pessoas, porém, apenas uma está com máscara. Alguns dos participantes fazem imagens em seus celulares.

Sobre a ausência de máscaras, que continuam a ser exigidas em Brasília por lei em todos espaços fechados, o banco respondeu à CNN que os funcionários são submetidos à testagem periódica e que todos os membros da Diretoria Executiva do Banco do Brasil tomaram as três doses da vacina contra a Covid-19. A vacinação e a testagem, no entanto, não justificam a falta de utilização de máscaras.

Perguntado se irá emitir comunicado interno e externo para esclarecer a situação, a instituição respondeu que está tomando todas as providências para esclarecer o assunto.

Veja a resposta do Banco do Brasil à CNN:

1) Houve contratação de show do músico para o evento? Se sim, qual valor? Se não, em que circunstância se deu o evento ou a situação?

Resposta – Não houve contratação de show ou pagamento de qualquer cachê ao artista.

Nesta terça-feira, 22, estava programado evento de confraternização da Diretoria Executiva em razão dos resultados da empresa apresentados no dia 14 de fevereiro.

Pouco antes do horário da confraternização, o cantor veio ao BB para uma primeira aproximação comercial. Ao final da reunião, o artista foi convidado a conhecer as instalações do banco e alguns executivos da empresa. Foi feito então um convite informal para ele cantar rapidamente, o que foi aceito pelo músico.

2) O Banco do Brasil possui contrato de patrocínio com Gustavo Lima? Se sim, qual o valor? Se não, há negociação do banco com o cantor?

Resposta – Não existe contrato de patrocínio com o cantor e não houve evolução nas negociações até o momento.

3) Por que o cantor estava na sede do banco em Brasília? Há informações sobre quanto tempo passou no prédio?

Resposta na primeira pergunta

4) Por que não houve a utilização de máscara contra a covid-19 pelo presidente do BB e demais funcionários? Há norma interna que discipline o uso do equipamento de segurança contra a covid-19? Há informação se as pessoas do evento estão vacinadas?

Resposta – Todos os membros da Diretoria Executiva do Banco do Brasil tomaram as 3 doses da vacina contra Covid-19. Além disso, passam por testagem periódica.

5) Haverá algum comunicado interno e externo da instituição afim de esclarecer as informações equivocadas que circulam sobre a festa?

Resposta – O BB está tomando todas providências para esclarecer o assunto.