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    Diretor-geral da PF defende permanência da instituição à frente da segurança presidencial

    Após novo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sinalizar retomada da função, Polícia Federal reage e reivindica controle de competência

    Tainá Falcãoda CNN , em Brasília

    A crise entre o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal (PF) ganhou novos ares após entrevistas do novo ministro-chefe, general Marcos Antonio Amaro, sinalizando que o órgão deve retomar o controle sobre a segurança imediata do presidente.

    O Diretor-Geral da PF, Andrei Rodrigues, defendeu à CNN que a competência permaneça sob o comando da corporação.

    Atualmente, a segurança do presidente da República, vice-presidente e seus familiares é designada à Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata da Polícia Federal, coordenada pelo delegado Alexsander Oliveira.

    “Hoje, o êxito de uma operação de segurança passa necessariamente pela integração e coordenação entre várias agências, respeitando suas competências legais. É assim que funciona em todas as democracias, que atribuem funções de segurança para as instituições policiais”, disse Rodrigues.

    Internamente, policiais federais demonstram insatisfação com as falas de Amaro. A reação, segundo relatos, pode levar os policiais a abandonarem a atribuição, mesmo depois de investimentos do governo na formação de novos servidores. Atualmente, mais de 300 policiais estão em treinamento ou aptos a exercerem a função.

    “Seria um retrocesso, um inaceitável. Sairiam todos os policiais federais”, disse uma fonte sob reserva.

    Outro ponto de atenção seria a intenção do novo GSI em trazer de volta para o ministério a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), hoje no guarda-chuva da Casa Civil — resultado do aumento de desconfiança com o gabinete após os ataques de 8 de janeiro.

    À CNN, auxiliares do presidente afirmam que o assunto ainda não está resolvido. A Casa Civil foi consultada sobre a Abin, mas ainda não retornou.

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