“Direita avança na Argentina pelos desacertos da esquerda”, avalia Valdemar à CNN
Dirigentes de direita ouvidos pela CNN avaliariam que, apesar da expectativa positiva para a atividade econômica, ainda há espaço para um eventual retorno da direita ao poder em 2026
A vitória do ultradireitista Javier Milei nas eleições primárias na Argentina tem sido classificada como um respiro pela direita brasileira.
Com o resultado surpreendente, dirigentes de direita ouvidos pela CNN avaliariam que, apesar da expectativa positiva para a atividade econômica, ainda há espaço para um eventual retorno da direita ao poder em 2026.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse à CNN que a direita tem potencial para crescer diante dos desacertos cometidos pela esquerda, incluindo o Brasil.
VÍDEO: Milei é o grande vencedor nas eleições primárias
“A direita veio para ficar e não é somente no Brasil, cuja nossa maior liderança é o Jair Bolsonaro. Esse movimento é mundial pelos desacertos que a esquerda tem cometido, principalmente no Brasil”, afirmou.
O dirigente da legenda, que hoje tem a maior bancada na Câmara dos Deputados, avaliou que a sociedade “não aceita mais abrir mão dos bons costumes e de uma economia liberal”.
“A liberdade é uma das nossas maiores conquistas. A direita vai crescer mais nos outros países e no mundo. Aguardem as próximas eleições”, afirmou à CNN.
O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, considerou que o continente americano vive neste momento uma “correção de rumos”.
”Depois de fracassos de governos de esquerda na América Latina, diferentes países se voltam para a direita”, afirmou à CNN.
Para ele, o exemplo do crescimento da direita na Argentina é “cristalino”.
”A população sentiu na pele o desastre da experiência de um governo de esquerda e agora já decidiu mudar”, afirmou.
Na avaliação de Ciro, o mesmo movimento deve se repetir nas próximas eleições presidenciais no Chile e na Colômbia.
”E tenho certeza que acontecerá no Brasil em 2026”, ressaltou.
Já o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, avaliou à CNN que a política econômica dos partidos de esquerda fortalece os partidos de direita.
“O grande problema da esquerda é se pautar por uma política econômica estatizante e dependente do Estado”, afirmou.
Na avaliação dele, assim como na Argentina, a população brasileira busca um resultado econômico que só é possível pelo setor privado.
“Para além da pauta de costumes, já que a sociedade ainda é em sua maioria conservadora”, disse.
Milei, com quase um terço da preferência do eleitorado nacional, superou seus rivais em boa parte das províncias do país.
Cai por terra a ideia, disseminada entre muitos analistas e consultores políticos, de que era um fenômeno popular apenas em Buenos Aires e no entorno da capital.
Dizendo-se libertário e apresentando-se como antissistema, Milei defende a dolarização da economia e a extinção do Banco Central.
Ele já prometeu legalizar o comércio de órgãos, quer taxar a educação e saúde públicas e ataca supostas ameaças comunistas em seus discursos.
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