Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Dino critica no Senado “falsas soluções” para mudanças no STF e nega “ditadura judicial”

    Futuro ministro toma posse na Suprema Corte no próximo dia 22 de fevereiro

    Dino está cumprindo seu mandato no Senado até assumir sua cadeira no STF
    Dino está cumprindo seu mandato no Senado até assumir sua cadeira no STF Jefferson Rudy/Agência Senado

    Douglas Portoda CNN

    São Paulo

    O senador Flávio Dino (PSB-MA) disse, nesta quarta-feira (7), durante seu primeiro discurso no plenário da Casa, que vê com preocupação “falsas soluções” para mudanças na composição do Supremo Tribunal Federal (STF) e que não existe “ditadura judicial” no Brasil.

    Dino toma posse em 22 de fevereiro como ministro no STF. Até a data, cumprirá seu mandato no Senado, para o qual foi eleito em 2022.

    “Vejo com muita preocupação falsas soluções. A ideia, por exemplo, de que o Senado é quase obrigado moralmente a votar o impeachment de um ministro do Supremo. Impeachment por quê? Impeachment por que não gostou da decisão? Isso não é impeachment. Impeachment é uma sanção por crime de responsabilidade, tipificada em lei, Lei 1.059 de 1950”, disse Dino.

    Segundo o senador, não existe impeachment apenas por gosto pessoal ou pelo conteúdo da decisão. E que propor a saída de um ministro por isso “leva o debate para o território do extremismo”.

    E ainda lembrou que quem conduz o processo de impeachment é o próprio Supremo, com a ideia criando apenas um “novo impasse”.

    O futuro ministro do STF também afirmou que não existe uma “ditadura judicial”, termo que ouviu durante sua sabatina em dezembro de 2023.

    “Onde está essa ditadura judicial que ninguém vê? É por que decisões tais ou quais foram proferidas? Todas recorríveis. O Congresso está funcionando plenamente, com todas as suas prerrogativas constantes da Constituição. Assim como o Executivo governa, assim como os governadores e prefeitos.”

    Não há ditadura judicial no Brasil. Essa é uma expressão não só equivocada, não só destituída de ponderação, ela é uma expressão que atrapalha o bom debate acerca desse inevitável acerto ou dessa inevitável concertação entre os Poderes do Estado.

    Flávio Dino