“Diminui a bandidagem na comunidade”: Lula pede que trabalhadores locais sejam priorizados em obras do Novo PAC
Em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, falando diretamente a prefeitos, governadores e empresários, Lula disse: "Nessas obras do PAC, de preferência, vamos contratar as pessoas da cidade"
Durante o lançamento dos editais para Estados e municípios brasileiros indicarem obras para o Novo PAC, nesta quarta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que trabalhadores locais sejam priorizados na contratação porque “diminui a bandidagem”.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, falando diretamente a prefeitos, governadores e empresários, Lula disse: “Nessas obras do PAC, de preferência, vamos contratar as pessoas da cidade.”
“Vamos contratar as pessoas da comunidade porque, se não, uma empresa vai fazer uma obra em uma cidade vizinha, leva trabalhadores de outra cidade, e a cidade que está recebendo a obra não consegue gerar nenhum emprego”, completou.
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Ele pediu a “compreensão” das autoridades e dos empresários para que os trabalhadores locais sejam priorizados.
“Na hora de contratar os trabalhadores, vamos saber se na comunidade tem gente para fazer a obra que vocês precisam porque a gente gera emprego, gera desenvolvimento, gera comércio na comunidade. A gente faz o dinheiro circular na comunidade”, declarou o presidente.
“E vou dizer mais: a gente diminui a bandidagem na comunidade se a gente gerar emprego, gerar salário e gerar renda”, concluiu.
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Nessa primeira etapa, o governo federal vai investir R$ 65,2 bilhões em 27 modalidades executadas pelos ministérios das Cidades, Saúde, Educação, Cultura, Justiça e Esporte.
A maior parte dos recursos fica voltado ao Ministério das Cidades, com R$ 44,84 bilhões. Saúde (R$ 9,89 bilhões) e Educação (R$ 9,24 bilhões) também acumulam cifras mais robustas. As demais pastas tem investimento inferior a R$ 1 bilhão.
Investimento por ministério incluídos:
- Min. Cidades: R$ 44,84 bilhões
- Min. Saúde: R$ 9,89 bilhões
- Min. Educação: R$ 9,24 bilhões
- Min. Cultura: R$ 640 milhões
- Min. Justiça e Segurança Pública: R$ 390 milhões
- Min. Esporte: 180 milhões.
Estados e municípios poderão inscrever propostas no período de 9 de outubro a 10 de novembro.
Dentro de Cidades, o maior investimento está voltado à mobilidade urbana de grandes e médias cidades (R$ 14,5 bilhões). Esgotamento sanitário (R$ 9,7 bilhões), urbanização de favelas (R$ 5,2 bilhões) aparecem na sequência.
Investimento por modalidade
- Abastecimento de Água – Urbano (Cidades): R$ 4,4 bilhões
- Abastecimento de Água – Rural – Sistemas Simplificados (Cidades): R$ 440 milhões
- Mobilidade Urbana – Grandes e Médias Cidades (Cidades): R$ 14,5 bilhões
- Renovação de Frota (Cidades): R$ 3 bilhões
- Periferia Viva – Urbanização de Favelas (Cidades): R$ 5,2 bilhões
- Prevenção a Desastres Naturais: Contenção de Encostas (Cidades): R$ 1,6 bilhões
- Prevenção a Desastres Naturais: Drenagem Urbana (Cidades): 4,8 bilhões
- Esgotamento Sanitário – Cidades (Cidades): R$ 9,7 bilhões
- Gestão de Resíduos Sólidos (Cidades): R$ 940 milhões
- Regularização Fundiária (Cidades): R$ 300 milhões
- Escolas em Tempo Integral (Educação): R$ 5,24 bilhões
- Creches e Escolas de Educação Infantil (Educação): R$ 3,25 bilhões
- Transporte Escolar (Educação): R$ 750 milhões
- CEU da Cultura (Cultura): R$ 60 milhões
- Patrimônio Histórico – Projetos de engenharia (Cultura): R$ 40 milhões
- CONVIVE – Centro Comunitário pela Vida (Justiça): R$ 390 milhões
- Espaços Esportivos Comunitários (Esporte): R$ 180 milhões
- Policlínicas (Saúde): R$ 1,03 bilhão
- Unidades Básicas de Saúde (UBS) (Saúde): R$ 4,23 bilhões
- Maternidades (Saúde): R$ 3,84 bilhõe
- Centros de Parto Normal (Saúde): R$ 90 milhões
- Novas Ambulâncias – SAMU (Saúde): R$ 180 milhões
- Centrais de Regulação (CRUs) – Ambulâncias do SAMU (Saúde): R$ 110 milhões
- Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) (Saúde): R$ 150 milhões
- Centros Especializados em Reabilitação (CER) (Saúde): R$ 150 milhões
- Oficinas Ortopédicas (Saúde): R$ 10 milhões
- Unidades Odontológicas Móveis (UOM) (Saúde): R$ 100 milhões