Em dia de julgamento que pode cassar Moro, senador cumpre agenda parlamentar no Congresso
TSE retoma análise de recurso contra ex-juiz nesta terça-feira (21); se aceito, parlamentar pode ter mandato cassado pela Justiça Eleitoral
No dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento que pode cassar o mandato do senador Sergio Moro (União-PR), o parlamentar cumpre agenda em seu gabinete no Senado Federal.
O ex-juiz da Lava Jato, que não tem se manifestado sobre o assunto, revelou a interlocutores que está tranquilo e realizará sus atividades parlamentares normalmente.
Moro acompanhará a sessão de julgamento no TSE, marcada para as 19h desta terça-feira (21), em seu gabinete.
Nos corredores do Senado, parlamentares não arriscam dizer qual será o resultado do julgamento.
Colega de partido, o líder do União Brasil, senador Efraim Filho (PB), no entanto, defendeu a absolvição do ex-juiz da Lava Jato.
Esta será a segunda vez que a Corte debate sobre o tema. No última quinta-feira (16), a análise do caso foi interrompida por questão de tempo – o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha sessão no período da tarde.
A expectativa do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, é que o julgamento termine nesta noite.
“Iniciaremos e terminaremos o julgamento na terça-feira, porque terça-feira temos a vantagem de não ter sessão no Supremo de ‘madrugada’, né? Então, terça-feira terminaremos o julgamento”, disse o presidente do TSE.
Ao iniciar a sessão, serão feitas as manifestações dos advogados de acusação e defesa. O Ministério Público Eleitoral (MPE), contra a cassação, se quiser, também poderá se manifestar nesse momento. Em seguida, os ministros darão seus votos, a começar pelo relator, ministro Floriano de Azevedo Marques.
Na sequência, votam:
- André Ramos Tavares,
- Isabel Gallotti,
- Raul Araújo,
- Nunes Marques,
- Cármen Lúcia.
- e Alexandre de Moraes.
Se um dos ministros pedir vista, o julgamento será paralisado. Nesse caso, o ministro terá até 30 dias – que podem ser prorrogáveis por igual período – para devolver o processo.
Moro é acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2022. O senador foi absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), por 5 votos a 2.
O PL e a federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) – autores das ações contra Moro – contestaram a decisão ao TSE.