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    Devemos elevar o número de indiciados no relatório da CPI, diz Randolfe

    Segundo o vice-presidente da comissão, ao menos 7 nomes devem ser acrescentados ao documento; confira

    João de Marida CNN Em São Paulo

    O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta quarta-feira (20) à CNN Brasil que o número de sugestões de indiciamentos no relatório final da comissão deverá aumentar nos próximos dias. Leia documento na íntegra.

    “Devera ser ampliado o número de indiciados. Ainda mais cedo tivemos [senadores do grupo conhecido como G7] um encontro e debatemos que tem outros sete nomes pelo menos a serem inclusos no hall de investigados, que, seja por um lapso ou erro técnico, não foram inclusos”, afirmou Randolfe à CNN.

    Segundo o senador, a comissão deve acrescentar ao menos sete nomes ao documento. A analista de política da CNN Thais Arbex adiantou a lista. Confira:

    • 1) Heitor Freire de Abreu, coordenador do Centro de Coordenação de Operações
      Crime de epidemia e crime contra a humanidade
    • 2) Marcelo Bento Pires, assessor do Ministério da Saúde
      Crime de advocacia administrativa
    • 3) Alex Lial Marinho, ex-coordenador de logística do Ministério da Saúde
      Crime de advocacia administrativa
    • 4) Thiago Fernandes da Costa, assessor técnico do Ministério da Saúde
      Crime de advocacia administrativa
    • 5) Regina Célia de Oliveira, fiscal de contratos do Ministério da Saúde
      Crime de advocacia administrativa
    • 6) Amilton Gomes de Paula, reverendo e presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah)
      Crime de estelionato
    • 7) Hélio Angotti Netto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos
      Crime de epidemia

     

    Caso o número de indiciados aumente, o relatório final da CPI, que está previsto para ser votado na próxima terça-feira (26), passará de 68 citados para 75.

    O parecer do senador Renan Calheiros, lido na sessão desta quarta-feira (20), sugere o indiciamento de 66 pessoas e mais duas empresas. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é mencionado 80 vezes no relatório e lidera a lista dos supostos crimes com nove citações.

    Genocídio

    O grupo de senadores que coordena os trabalhos da CPI da Pandemia, conhecido como G7, decidiu na noite de terça-feira (19) retirar o crime de genocídio contra os indígenas do relatório final do senador Renan Calheiros. A violação seria atribuída ao presidente Jair Bolsonaro.

    À CNN nesta quarta, Randolfe disse que a retirada do suposto crime cometido pelo presidente da República do relatório final não foi um recuo, mas sim uma “analise técnica e política”.

    “Um relatório que ao final aponta crimes a Jair Bolsoanro que resultará a 84 anos [de pena] no mínimo [caso os indiciamentos avancem, e o presidente seja julgado], não pode ser tratado como recuo”, afirmou. “Não adianta um relatório que tem os crimes, mas não os sete votos para aprovação”.

    Homicídio

    Na sessão de hoje, Randolfe, ao lado do relator Renan Calheiros, também afirmou que seria retirado o crime de “homicídio”, para dar lugar para “epidemia resultando em morte”.

    À CNN, o senador explicou que o crime de homicídio “comprometeria a caracterização do crime de epidemia com resultado morte” — a pena, neste caso, pode ser maior.

    “Esse crime [epidemia com resultado morte] leva a 30 anos de prisão. Se colocarmos que o homicídio era pelo crime de epidemia, iriamos enfraquecer. Íamos tirar o certo pelo duvidoso. Escolhemos o mais agravante”, avaliou o senador.

    “Em relação ao crime de genocídio, tem questão politica, mas não teve prejuízo. Está apontado no relatório o crime contra a humanidade, sobretudo, contra a população indígena”, concluiu.