Deputados debatem se o Brasil deve voltar ao grupo de esquerda latino-americana
Grupo de países sul-americanos, Unasul, foi criado em 2008 para fomentar integração entre nações da região
O governo federal anunciou nesta sexta-feira (7) o retorno do Brasil à União de Nações Sul-americanas (Unasul). O decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado no Diário Oficial da União na quinta-feira (6), passa a valer em 30 dias — ou seja, a partir de 6 de maio.
A ação cumprirá uma de suas grandes promessas de campanha, investindo no desenvolvimento de alianças do Brasil com outros países da região. A integração do Brasil ao bloco foi interrompida durante o governo Bolsonaro, em 2019. Na época, o então presidente assinou o decreto com o argumento de que a Unasul era um clube de países da esquerda.
A CNN ouviu nesta sexta-feira (7) o deputado federal Gilson Marques (Novo-SC), que é vice-líder da minoria na Câmara, e o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), que discutiram se o Brasil deve voltar ao grupo de esquerda latino-americana.
Jerry ressaltar que é muito importante o país fazer parte desse acordo. “Durante os quatro anos do governo Bolsonaro o país teve uma política que o deixou muito desrespeitado na cena internacional”.
Para ele, a Unasul é indispensável no contexto geopolítico e global, pois é necessário existir essas organizações regionais. “Não se trata de uma organização política ideológica, mas sim uma organização natural, de articulação regional dos países da América do Sul”.
Na visão Marques, o que interessa saber é o que, em 10 anos de existência da Unasul com o Brasil, o país ganhou e quanto custou. “O que se sabe é o que o Brasil perdeu, porque existe um tratado, uma cooperação financeira entre os países, no qual foram emprestados muitos bilhões de reais a países de ditaduras amigas”.
Confira o debate completo no vídeo acima.