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    Deputados debatem o impacto da volta de Bolsonaro ao Brasil na oposição a Lula

    Em entrevista à CNN, os deputados Gervásio Maia (PSB-PB) e Cabo Gilberto (PL-PB) debatem os possíveis impactos do retorno do ex-presidente ao país e as estratégias eleitorais para 2024

    Renata SouzaVinícius Tadeuda CNN

    Após quase três meses nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve retornar ao Brasil na manhã desta quinta-feira (30). A chegada suscita discussões sobre o que há por vir na oposição e na base aliada, tentando prever o comportamento do setor conservador durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Em entrevista à CNN, os deputados Gervásio Maia (PSB-PB) e Cabo Gilberto (PL-PB) debatem os possíveis impactos do retorno do ex-presidente ao país. Segundo Cabo Gilberto, aliado de Bolsonaro, os eventos da chegada estão sendo organizados pelo Partido Liberal, mas “não haverá tumulto”.

    Segundo o parlamentar, a volta do ex-presidente inicia os preparativos para a corrida eleitoral pelas prefeituras e câmaras municipais de 2024. “Ele, como maior líder da oposição, vai se organizar mais ainda para as eleições do próximo ano. (…) O objetivo é trazer o maior número de prefeitos e vereadores, para aí sim voltar ao comando do país em 2026”.

    De acordo com Gilberto, Bolsonaro já é o principal nome da base conservadora para disputar a presidência em 2026, e não há outro plano, mesmo com os nomes de Eduardo e Michelle Bolsonaro sendo citados como possíveis substitutos.

    Gervásio Maia, membro da base aliada do governo Lula, afirma que, idealmente, a volta de Bolsonaro ajudaria a construir uma oposição que crie propostas para o país. “Bolsonaro representa a segunda força no país, perdeu a eleição para o presidente Lula, e o que nós desejamos é que ele chegue com saúde para fazer e orientar os seus liderados a fazer uma oposição propositiva, porque é isso que o Brasil está precisando”, declarou.

    Maia acredita que este ainda não é o momento de discutir os nomes para as próximas eleições: “O Brasil está respirando política de 2 em 2 anos. Quando a gente não está em ano eleitoral estamos em pré-eleitoral, e isso traz um prejuízo enorme para o nosso país. O momento agora é de trabalhar e dar solução nos problemas encontrados e não foram poucos.”

    Para o opositor de Bolsonaro, o silêncio do ex-presidente após o resultado das eleições presidenciais foi prejudicial, e também criticou a posição do ex-presidente frente aos ataques em Brasília em 8 de janeiro. “O líder tem que falar, o líder tem que orientar, e o silêncio dele foi como se tivesse dando um aval às terríveis coisas que a gente viveu, e terminou com aquele 8 de janeiro, com atos terroristas.”

    Publicado por Luana Franzão.