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    Deputado defende inocência de assessor acusado de desviar emendas

    Secretário de Afonso Motta foi afastado por determinação do Supremo Tribunal Federal após operação que mira fraude em recursos

    Rebeca Borgesda CNN , Brasília

    O deputado Afonso Motta (PDT-RS) afirmou, nesta quinta-feira (13), acreditar na inocência de seu secretário parlamentar, Lino Rogério Furtado, investigado pela Polícia Federal (PF) por participação em um esquema de desvio de emendas.

    Na manhã desta quinta, a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e dois mandados de busca pessoal contra os supostos envolvidos no esquema. O secretário investigado trabalha com o deputado desde 2016.

    Lino Furtado foi afastado do cargo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Questionado sobre o assunto, o deputado Afonso Motta disse que ainda não conversou com o funcionário. Ele também afirmou que pode desligar o secretário do gabinete, mas que vai avaliar a situação conforme as investigações tiverem andamento.

    “Eu acredito na inocência dele e ele está sendo investigado, ele não foi condenado. Evidentemente, como ele está afastado por ordem judicial, vou aguardar essas circunstâncias. A coisa vai ser avaliada nessa próxima semana”, disse Motta.

    A declaração foi feita após uma reunião entre o deputado e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O encontro ocorreu em meio aos questionamentos feitos pela Suprema Corte sobre a transparência e a rastreabilidade dos recursos de emendas parlamentares.

    Na avaliação de Afonso Motta, o caso não vai interferir negativamente na discussão entre o Congresso Nacional e a Suprema Corte sobre o tema. O deputado também disse que o presidente da Câmara “prestou solidariedade” a ele.

    “Queira ou não queira, é um tema que está na pauta, o tema das emendas parlamentares, da transparência, o volume de recursos hoje que estão nas emendas. Trocamos ideias sobre isso. Ele me manifestou no sentido de que está junto conosco para que essa investigação continue e chegue a bom resultado no sentido de apuração”, disse Afonso Motta.

    O deputado também afirmou que está “sensibilizado” com a situação do mandato após a operação da PF. “É inadmissível uma circunstância como essa que, de certa forma, atinge o meu mandato. Muito mais do que a questão pessoal, é o mandato que fica limitado, recebe uma espécie de censura, uma crítica”, concluiu.

    Investigação

    A PF aponta a existência de uma organização criminosa que direcionava emendas parlamentares e se apropriava de parte desses recursos públicos.

    As emendas parlamentares foram destinadas, nesse caso específico, ao Hospital Ana Nery, localizado em Santa Cruz do Sul (RS), com a cobrança, segundo a PF, de percentual dos valores repassados.

    Além de Lino, também é investigado o diretor administrativo e financeiro da Metroplan, Cliver André Fiegenbalfm. A Metroplan é vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do Rio Grande do Sul.

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