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    Depoimento de bolsonarista acusado de matar petista em Foz do Iguaçu é adiado

    Jorge Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum; se condenado, pena pode chegar a 30 anos de prisão

    Agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, investigado pelo assassinato do guarda municipal e membro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Aloizio de Arruda
    Agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, investigado pelo assassinato do guarda municipal e membro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Aloizio de Arruda Reprodução/Facebook

    Ingrid OliveiraIara MaggioneManoela Carluccida CNN

    O depoimento de Jorge Guaranho, acusado da morte do guarda municipal Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, oeste do Paraná, foi adiado para o dia 28 de setembro a pedido da defesa.

    A primeira audiência de instrução do policial penal aconteceu na quarta-feira (14), e 11 testemunhas foram ouvidas — incluindo a viúva do Guarda Municipal Marcelo Arruda.

    Guaranho seria ouvido nesta quinta-feira (15).

    Segundo promotor do caso, Tiago Lisboa Mendonça, “a pedido da defesa, o juiz deixou de realizar o interrogatório do réu Guaranho nesta data e redesignou o ato para o próximo dia 28 de setembro, às 13h30.”

    “A expectativa é a de que após o interrogatório do réu, sejam realizadas as ações finais e a partir daí a decisão”, continuou Lisboa Mendonça.

    O agente penal federal está detido no Completo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele deve ser ouvido por videoconferência.

    Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum.

    Segundo denúncia do Ministério Público, o polcial penal agiu por motivação política. Se condenado, Guaranho pode ter pena de até 30 anos de prisão.

    Em nota, a defesa de Guaranho disse que “entende, seguindo orientação das Cortes Superiores, que o interrogatório do réu é o último ato do processo, porque ele tem o direito de exercer plenamente a autodefesa, no que inclui conhecer e ter tempo para analisar todos os laudos, o que não era possível hoje”.

    “Como ainda não foram juntadas as provas periciais requeridas pela defesa, a defesa requereu ao juízo que aguardasse a vinda dos laudos oficiais, para somente então interrogar o réu, tendo o Meritíssimo Juiz concordado”, diz a nota.

    Relembre o caso

    Arruda foi morto no dia 9 de julho por Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, com tema em homenagem ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o MP, o crime teve motivação política, com “preferências político-partidárias antagônicas”.

    A Promotoria afirma que Guaranho atirou em Arruda quando ele já estava no chão, dizendo “petista vai morrer tudo [sic]”.A denúncia vai na direção contrária ao inquérito da Polícia Civil do Paraná, que descartou, na última sexta-feira (15), que houve motivação política.

    Os advogados de Arruda, por sua vez, afirmaram que as investigações mostrariam que o caso aconteceu por causa da divergência política.