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    Delegado brasileiro pode chefiar Interpol pela primeira vez

    Comando da rede internacional de polícias será definido nesta terça (25)

    Elijonas MaiaTainá Falcãoda CNN , Brasília

    A Interpol – rede internacional de polícias – elege nesta terça-feira (25) o novo secretário-geral, responsável pela parte operacional e que, na prática, comanda o órgão. Pela primeira vez, um brasileiro está na disputa.

    É o delegado de Polícia Federal (PF) Valdecy Urquiza, diretor de cooperação internacional e vice-presidente da Interpol nas Américas.

    A eleição se baseia no processo em que os países que compõem o comitê executivo da organização – 13, no total – se reúnem para avaliar, dentre os candidatos que foram apresentados, o nome que o comitê entende que é o mais adequado para liderar a organização nos próximos cinco anos.

    Uma vez finalizado esse processo, esse nome é levado à assembleia-geral, em novembro, e os 195 países que compõem o órgão ratificam o nome indicado pelo comitê executivo.

    Segundo apuração da âncora da CNN Tainá Falcão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou a chefes de Estados dos países que compõem o comitê para falar sobre a eleição e “entrou de cabeça” nas negociações para eleger o delegado Urquiza.

    Em entrevista à CNN em novembro do ano passado, o delegado defendeu que este é o momento de a chefia da organização de polícias internacionais ser de um investigador que não seja da Europa ou da América do Norte.

    “A Interpol completa 100 anos e sempre os mesmos cinco países dirigiram a organização – quatro da Europa e um da América do Norte. Nós entendemos que é o momento de trazer um pouco mais de diversidade, de outras regiões do globo para contribuir na organização”, disse.

    O investigador também detalhou o que faz o secretário-geral da Interpol.

    “O modelo da organização copiou um pouco o modelo de uma empresa privada de capital aberto. Então você tem uma assembleia-geral, que é formada pelos países membros da organização, onde cada país tem um voto, e ali são tomadas as decisões estratégicas da organização”, disse ele.

    “Ao mesmo tempo, há estabelecido um comitê executivo, que seria o equivalente a um conselho de administração, que dentre as várias funções que exerce, tem também a atribuição de indicar o secretário-geral.”

    Segundo ele, o secretário-geral exerce um papel operacional a partir da sede, em Lyon, na França, e tem por missão “executar as estratégias que são definidas pelo comitê executivo e pela assembleia geral da organização e cuidar do dia a dia, direcionando os recursos e as atividades”. “Uma espécie de CEO de uma empresa”, resume.

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