Delegado alvo de busca e apreensão escreveu livro sobre investigação de caso Marielle
Giniton Lages foi o primeiro responsável pela apuração dos assassinatos ocorridos em 2018; Operação Murder prendeu três suspeitos de serem mandantes dos crimes
O delegado Giniton Lages, o primeiro responsável pela investigação do caso Marielle Franco e alvo de busca e apreensão neste domingo (24), escreveu um livro sobre os assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em março de 2018.
O livro “Quem matou Marielle? Os bastidores do caso que abalou o Brasil e o mundo, revelados pelo delegado que comandou a investigação” foi escrito em parceria com Carlos Ramos e lançado pela Editora Matrix, em 2022.
A obra tem 296 páginas e, segundo descrição no site da editora, apresenta “em detalhes como foi esse trabalho de apuração do crime, acompanhando os bastidores do caso na visão de Giniton Lages, o primeiro delegado designado para a tarefa e que enfrentou diversas dificuldades para a elucidação do homicídio”.
“Um livro também feito para ajudar a sociedade a se preparar melhor para lidar com situações semelhantes no futuro e, se possível, evitá-las”, cita ainda a apresentação.
Ex-chefe da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Lages e o policial Marco Antonio de Barros Pinto foram afastados de suas funções neste domingo por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ambos foram alvos de busca e apreensão em meio à Operação Murder, que prendeu três suspeitos de serem os mandantes dos assassinatos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ao todo, foram três mandados de prisão cumpridos, além de 12 de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro.
Em 2019, Giniton foi afastado do caso. Na ocasião, ele foi encaminhado pelo governo do Rio para Itália para estudar, como uma espécie de “prêmio” pelos trabalhos prestados ao Estado.
*Com informações de Basília Rodrigues, analista da CNN