Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Defesa de Guedes nega conflito por offshores e diz que vai enviar dados ao STF

    Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmam que declararam à Receita Federal a existência de empresas fora de seu domicílio fiscal

    Anna Gabriela Costada CNN em São Paulo

    A defesa do ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (5) que ele “jamais atuou ou se posicionou de forma a colidir interesses públicos com privados”; os advogados disseram ainda que vão enviar uma petição à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecimentos sobre a posse de uma offshore no exterior.

    Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Neto afirmam que declararam à Receita Federal a existência de empresas fora de seu domicílio fiscal. Apesar da prática, em um primeiro momento, não ser considerada ilegal, abre questionamentos sobre a transparência dos negócios.

    A informação foi revelada pela ICIJ, um consórcio internacional de jornalismo investigativo, do qual fazem parte, pelo Brasil, os veículos Poder 360, Metrópoles, Piauí e Agência Pública.

    “Com relação a empresa Dreadnoughts, os documentos que serão protocolados deixam claro que o ministro desde dezembro de 2018 se afastou da sua gestão, não tendo qualquer participação ou interferência nas decisões de investimento da companhia”, informou a defesa do ministro.

    A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (5), a convocação do ministro da Economia para explicar a posse de uma offshore no exterior.

    “Os documentos demonstram que não houve qualquer remessa ou retirada de valores para o exterior da companhia mencionada, desde quando Paulo Guedes assumiu o cargo de ministro da Economia, sendo certo que este jamais se beneficiou no âmbito privado de qualquer política econômica brasileira”, acrescenta a defesa de Guedes.

    Além da convocação na Câmara, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou, também nesta terça-feira, um convite para Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que terão de explicar suas contas em paraísos fiscais.

    Confira a nota na íntegra:

    A defesa do ministro Paulo Guedes irá protocolar, de forma voluntária, petição à PGR e ao STF esclarecendo de forma definitiva que o ministro jamais atuou ou se posicionou de forma a colidir interesses públicos com privados.

    Com relação a empresa Dreadnoughts, os documentos que serão protocolados deixam claro que o ministro desde dezembro de 2018 se afastou da sua gestão, não tendo qualquer participação ou interferência nas decisões de investimento da companhia.

    Da mesma forma, os documentos demonstram que não houve qualquer remessa ou retirada de valores para o exterior da companhia mencionada, desde quando Paulo Guedes assumiu o cargo de ministro da Economia, sendo certo que este jamais se beneficiou no âmbito privado de qualquer política econômica brasileira.

    Reitera-se que toda a documentação e informação pessoal do ministro foi enviada à Comissão de Ética Pública e demais órgãos competentes, no início do mandato, os quais jamais viram qualquer conflito com o exercício do cargo.

    Mais uma vez, criam-se ilações e mentiras, a partir da violação de informações fiscais sigilosas de veículo de investimento legal e declarado, com o único objetivo de criar um factóide político. E para espancar qualquer dúvida sobre a atuação legal e ética em sua vida pública e privada, Paulo Guedes juntará todas as informações necessárias para demonstrar a licitude e a conformidade de suas atividades com o Código de Conduta da Administração Federal e da Lei de Conflitos de Interesses. O ministro sempre se colocou à disposição das autoridades públicas e do Congresso Nacional no exercício de sua função pública e permanece à disposição.

    Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, advogados do ministro Paulo Guedes.