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    Defesa acredita ter protegido Bolsonaro do crime de peculato no caso das joias

    Após as primeiras informações reveladas pela imprensa sobre os relógios recebidos pelo ex-presidente, defesa se antecipou e avisou que iria devolver os bens ao TCU

    Raquel Landimda CNN , em São Paulo

    Ao se antecipar e oferecer a devolução das joias e relógios ao Tribunal de Contas da União (TCU), a defesa de Jair Bolsonaro (PL) acredita ter protegido o ex-presidente do crime de peculato.

    Peculato é o crime de apropriação indébita cometido por funcionário público, e se consuma com a inversão da posse do bem e a recusa em devolvê-lo.

    No caso de Bolsonaro, quando surgiram as primeiras informações reveladas pela imprensa sobre os relógios recebidos pelo ex-presidente, a defesa se antecipou e avisou que iria devolver os bens ao TCU.

    O advogado Paulo Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, disse que foi uma estratégia para que não pairasse dúvida de que o ex-presidente não queria nada que não fosse dele, a despeito dos bens terem sido catalogados como parte do acervo privado.

    Na época, conta ele, houve até uma confusão porque não sabiam para onde mandavam os bens: o TCU não tinha cofre e as joias acabaram sendo enviadas para a Caixa Econômica Federal.

    Nesse meio tempo, a Polícia Federal (PF) revelou que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o advogado Frederick Wassef resgataram joias que estavam nos Estados Unidos e algumas até já tinham sido vendidas.

    O crime de peculato é grave e sujeito a 2 a 12 anos de detenção.

    Veja também: As tentativas do governo Bolsonaro de liberar joias

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