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    Decotelli diz ter sido alvo de ‘destruição de reputação’ e defende currículo

    Economista quer que ex-alunos e colegas na FGV o ajudem a provar que lecionou na instituição, que diz que não o teve como professor efetivo

    Da CNN

    Em entrevista exclusiva à CNN após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e definir a sua saída do Ministério da Educação, o economista Carlos Alberto Decotelli disse nesta terça-feira (30) ter sido alvo de uma “destruição de reputação”, e defendeu seu currículo das críticas que vem recebendo.

    O principal ponto de questionamento por parte de Decotelli é uma nota divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em que a instituição diz que ele não faz parte do seu quadro de professores efetivos.

    “A estrutura pela qual a destruição da continuidade veio pelo fato fake da FGV divulgar que eu nunca fui professor da FGV. Então esta informação, divulgada pela FGV, fez com que o presidente me chamasse e dissesse que, se até a FGV, onde o senhor trabalha há 40 anos ministrando cursos, vários alunos têm seu nome impresso nos certificados, está negando que o senhor é professor da FGV, então é impossível o governo continuar sendo questionado das inconsistências em seu currículo”, disse Decotelli.

    O economista pediu, durante a entrevista, que ex-alunos e colegas da instituição divulguem relatos atestando terem convivido com ele na instituição. A FGV disse que ele “atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da fundação”.

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    O nomeado por Bolsonaro para o Ministério da Educação afirmou ter lecionado, a partir de 1986, em um curso chamado Cademp, listado no site da empresa para gestão e liderança de equipes. Carlos Alberto Decotelli defendeu a sua dissertação de mestrado, que está sendo alvo de uma apuração por parte também da FGV.

    Segundo ele, a pesquisa era “desenvolvida como um apoio para desenvolver a metodologia de trabalho” e que a afirmação de que ele teria em torno de 70% de plágio em seu trabalho não corresponde à realidade. “Dizer 70%? Não existe esse número. Não [se pode] destruir reputação por uma questão de exageros”, afirmou.

    Nomeado na semana passada para substituir Abraham Weintraub, Carlos Alberto Decotelli tinha a sua posse prevista para esta terça-feira, mas o evento foi adiado depois que se intensificaram as acusações de inconsistências no currículo do pesquisador. Decotelli foi o terceiro ministro da Educação no governo Jair Bolsonaro.

    O presidente ainda não anunciou quem assumirá o cargo. Os nomes mais cotados são os de Anderson Correia, reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), e Gilberto Garcia, ex-presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE).

    (Edição: Bernardo Barbosa)