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    Datafolha: 65% consideram atos de 8/1 vandalismo; para 30%, tentativa de golpe

    Foram ouvidas 2.002 pessoas de 16 anos ou mais em 147 municípios pelo Brasil nos dias 19 e 20 de março; margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos

    Lucas Schroederda CNN , São Paulo

    Para 65% dos brasileiros, o ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, foi um ato de vandalismo, de acordo com levantamento do Instituto Datafolha divulgado nesta sexta-feira (29).

    Conforme revela a pesquisa, em contraste, 30% dos entrevistados acreditam que o ataque foi uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros 5% não souberam responder.

    Foram ouvidas 2.002 pessoas de 16 anos ou mais em 147 municípios pelo Brasil nos dias 19 e 20 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

    Veja o cenário apresentado pelo Datafolha

    • Afirmam que ataques de 8 de janeiro foram uma tentativa de golpe: 30%
    • Afirmam que ataques de 8 de janeiro foram um ato de vandalismo: 65%
    • Não sabem: 5%

    63% dos brasileiros rejeitam anistia a responsáveis pelos ataques

    O Datafolha questionou ainda os entrevistados a respeito de uma possível anistia aos responsáveis pelos atos criminosos.

    A ideia, defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por parlamentares da oposição, é rejeitada por 63% dos brasileiros.

    Em contrapartida, 31% são favoráveis ao perdão. Já 2% se dizem indiferentes à medida. Por fim, 4% não souberam responder.

    STF condenou mais de 100 pessoas pelos ataques

    Até o momento, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 116 pessoas por participarem da invasão e depredação dos prédios em Brasília. Foram instauradas 1.354 ações penais contra participantes dos atos criminosos.

    Deste total, 1.113 ações foram suspensas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) avalie a possibilidade de firmar acordos com réus acusados dos crimes menos graves.

    O ministro Alexandre de Moraes já validou dezenas de acordos que impedem a condenação dos acusados desde que eles cumpram regras como, por exemplo: participar de curso sobre democracia, pagar multa e prestas serviços à comunidade.

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