Dario Messer delatou Banco Safra
Messer acusou "diretores de alta patente" do banco de participar de um esquema de lavagem

O doleiro Dario Messer acusou em sua delação premiada o Banco Safra, um dos maiores do Brasil, de participar do esquema de lavagem de dinheiro.
Messer, que dedicou um anexo inteiro de sua delação ao sistema financeiro, acusou, segundo fontes, “diretores de alta patente” do banco de participar de um esquema de lavagem de dinheiro.
Ele consistia em uma transação que envolvia a agência do banco em Nova Iorque e a casa de câmbio de Dario no Rio de Janeiro. A transação tem um nome conhecido no meio: “dólar-cabo”.
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É a forma pela qual os doleiros conseguem lavar dinheiro sem que os recursos financeiros saiam ou entrem no país. Na prática, o doleiro indica uma conta no outro país para que o cliente faça o depósito em seu favor e ele do Brasil consegue, a partir dos ativos em dinheiro vivo que possui, colocar os recurso nas mãos do cliente.
A avaliação é a de que essa investigação abrirá um novo flanco na lava Jato, que nunca conseguiu apurar eventuais irregularidades no sistema financeiro nacional. Há a possibilidade, inclusive, que o anexo com a delação do banco Safra seja remetido a São Paulo, onde o banco está sediado, assim como todos os grandes brasileiros. Um banco de segunda linha, inclusive, consta no mesmo documento em que Dario Messer delatou o Safra. Procurado, o banco não quis comentar.