Daniel Silveira fala sobre pedido de cassação: ‘Esquerda age como criança’
Pedido foi feito depois que Silveira disse que "daria tiros" em antifascistas. Deputado afirma ter dito apenas que se defenderia caso atacado por um "criminoso"
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) falou à CNN nesta quarta-feira (17) sobre o pedido de cassação de seu mandato protocolado por integrantes de partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Comissão de Ética da Câmara. O pedido foi feito depois que Silveira declarou que “daria tiros no peito” de militantes antifascistas. Segundo o parlamentar, “a esquerda age como criança o tempo todo” .
“Já fui chamado de miliciano, vagabundo, criminoso e de vários outros termos pejorativos por integrantes do PT, PCdoB, PSOL, e em nenhuma vez fui ao Conselho de Ética querendo entrar com quebra de decoro. Até porque eu sei a abrangência da liberdade expressão pelo artigo 53 da Constituição”, falou, citando o artigo segundo o qual parlamentares são “invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.
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Silveira disse que em nenhum momento ameaçou manifestantes, mas que deixou claro que, se algo acontecesse com ele, se defenderia.
“Os antifas estavam partindo literalmente para agressão física em cima de pessoas, e eu deixei claro que, se for comigo, usarei de todos os meios necessários para conter a injusta agressão. Isso não tem crime. Eu não falo em momento algum que vou matar alguém. Agora, eu dizer que vou me defender se algum criminoso vier atentar contra a minha vida, eu vou me defender”, afirmou.
Silveira faz parte da lista dos dez deputados federais e um senador que tiveram o sigilo bancário quebrado por conta do inquérito que apura a organização e o financiamento de atos com pautas antidemocráticas, como o fechamento do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal) e intervenção militar. O pedido de quebra de sigilo foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O parlamentar falou também que há ministros da Corte, principalmente Alexandre de Moraes, que têm “exagerado” nas suas funções. “Ele não representa a magistratura, ele representa a si próprio. É extremamente vaidoso”, falou.