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    Daniel Silveira chega ao IML de bota ortopédica e tornozeleira eletrônica

    Policiais que o acompanhavam disseram que ele tinha uma “lesão pré-existente”, sem relação com a prisão

    Deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ)
    Deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

    Pedro Duran e Beatriz Puente, da CNN, no Rio de Janeiro

    O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) chegou ao IML por volta das 17h desta quinta-feira (24), depois de ter tido um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Silveira chegou no banco de trás de uma viatura da Polícia Federal.

    A CNN apurou que ele não usava máscara e estava de bota ortopédica. Policiais que o acompanhavam disseram que ele tinha uma “lesão pré-existente”, sem relação com a prisão. 

    O exame durou menos de meia hora. Ele saiu com uma escolta em direção ao Batalhão Especial da Polícia Militar, em Niterói, onde estava preso antes de sair com tornozeleira eletrônica. Ao ser preso, ele usava o aparelho, que deve ser desconectado quando ele entrar novamente no presídio.

    A passagem pelo IML é uma medida padrão para presos no Brasil, que fazem exame de corpo delito para verificar se sofreram algum tipo de abuso policial no momento da prisão.

    Silveira chegou com escolta do Grupamento de Operações Especiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro, embora tenha sido preso pela Polícia Federal. Ele voltará a ficar em um presídio destinado a policiais, como ele.

    A determinação da prisão veio depois de Silveira não ter pago uma multa de R$100 mil, consequência de diversas irregularidades no monitoramento feito com a tornozeleira eletrônica. 

    Nas contas da Procuradoria-Geral da República foram mais de 30 ocorrências apontadas de uso irregular. Eles listaram problemas na cinta que prende o aparelho ao tornozelo, na bateria, na área de inclusão e até o rompimento do lacre. A PGR afirma ter notificado Silveira em todos esses momentos.

    Os advogados sustentaram ao STF que ele não tinha como pagar a multa e que, como parlamentar, não pode ter o direito de expressar sua opinião violado. 

    Em nota, André Rios, que defende o parlamentar, afirma que Silveira é preso político e que o caso dele precisa ser avaliado por tribunais internacionais e de defesa dos direitos humanos.