Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Crítica ao fundão deve ser usada para volta de doação de empresas, diz consultor

    Presidente Jair Bolsonaro disse que vetará parte do novo fundo eleitoral

    Da CNN, em São Paulo

    Em entrevista à CNN, o consultor de risco político Creomar de Souza disse que as críticas ao chamado “fundão” podem vir a ser usadas para a retomada da doação de empresas na campanhas eleitorais. Nesta segunda-feira (26), o presidente da República Jair Bolsonaro afirmou que vetará parte do fundo eleitoral aprovado pelo Congresso Nacional. 

    “Tendo em vista o fato que há uma enorme pressão de lideranças políticas por mais recursos e flexibilidade orçamentária, há uma possibilidade consideravelmente boa de que o financiamento privado retorne como um argumento que diminua a utilização de recursos públicos”, destacou Souza.

    De acordo com o consultor de risco político, a lógica do fundo eleitoral atual é de uma “fonte de recursos muito concentrada”. Com isso, ele explicou que as lideranças partidárias podem escolher quem se beneficia disso, com campanhas, em teoria, mais fortes ou mais fracas. 

    “Isso alimenta uma roda que perpetua poder por todo o país de lideranças que, muitas das vezes, nem tem mais competitividade para serem eleitas para um cargo público, mas ao possuírem a chave do cofre são os grandes responsáveis pela construção das listas que fazem com que os eleitores votem e definam quais são os representantes políticos.” 

    Segundo cálculos dos técnicos da Comissão Mista de Orçamento (CMO), o valor para financiamento público de campanha passaria a ser exatamente de R$ 5,73 bilhões com o novo fundo eleitoral aprovado junto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

    Consultor de risco político Creomar de Souza em entrevista à CNN
    Consultor de risco político Creomar de Souza em entrevista à CNN (26.jul.2021)
    Foto: Reprodução / CNN

    Tópicos