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    Crime organizado começa a contaminar a política e economia, diz Barroso

    Presidente do Supremo Tribunal Federal afirmou que segurança pública precisa "entrar na agenda brasileira de maneira aflitiva"

    Manoela Carluccida CNN , São Paulo

    Durante um painel nesta quarta-feira (26), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, comentou a infiltração do crime organizado em diferentes instâncias da sociedade.

    “Nós estamos vivendo um momento em que o crime organizado começa a contaminar a política e a economia formal com diferentes mecanismos de lavagem de dinheiro”, afirmou durante a palestra promovida pelo BTG Pactual.

    Ele enumerou três tipos de criminalidades, que classificou como “preocupantes”. São elas: a criminalidade comum, a criminalidade organizada e a criminalidade institucionalizada.

    “A primeira dessas disfunções, especialmente grave, é o tema da segurança pública. Esse é um tema que precisa entrar na agenda brasileira de maneira aflitiva. O crescimento da criminalidade, o crescimento do crime organizado, o aumento da violência, o domínio territorial de muitas áreas e o que está acontecendo na Amazônia são fatos que precisam preocupar todas as pessoas que tenham compromisso em fazer um país melhor e um país maior”, afirmou.

    Segundo Barroso, a “criminalidade institucionalizada” é aquela que “se instala dentro do Estado com uma cultura tolerante de desvio de recursos”.

    Dentre as problemáticas que desencadeiam a questão enfrentada hoje, o magistrado citou a educação.

    “A educação continua a ser ainda um problema brasileiro e foi isso que nos atrasou na história”, disse.

    “Não há como o Brasil se tornar verdadeiramente desenvolvido sem uma elevação da ética pública e da ética privada no país”, completou.

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