CPMI ouve fotógrafo que fez cobertura durante as invasões de 8 de janeiro
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Galeria com fotos dos presidentes do Brasil aparece destruída em vídeo após ataque aos Três Poderes • Reprodução
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Relógio de Dom João IV completamente destruído • Divulgação
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Interor do Palácio do Planalto destruído pelos criminosos que invadiram o prédio • Reprodução/Twitter
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Salão Nobre do STF destruído após invasão • Reprodução (8/01/2023)
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Radicais bolsonaristas depredam sala do Palácio do Planalto • 08/01/2023REUTERS/Adriano Machado
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Palácio do Planalto após invasão de criminosos • Divulgação
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Interior do Palácio do Planalto após invasão de criminosos • Divulgação
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Sala do Planácio do Planalto revirada após invasão de criminosos • Divulgação
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Aparelhos tecnólogicos destruídos em sala revirada no Palácio do Planalto • Divulgação
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro ouve, nesta terça-feira (15), às 9h, o fotógrafo Adriano Machado, que trabalhou na cobertura das invasões às sedes dos Três Poderes.
A convocação foi feita a pedido de parlamentares da CPMI que fazem oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O argumento desses congressistas é que Machado foi filmado confraternizando com manifestantes.
A afirmação tem como base vídeos registrados no dia 8 de janeiro divulgados pela CNN, nos quais Machado aparece em meio aos invasores quando estes arrombam a porta que dá acesso à antessala do Gabinete da Presidência.
O pedido para a convocação de Machado foi encabeçado pelos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Delegado Ramagem (PL-RJ) e os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF), Marcos do Val (Podemos-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES).
“Neste vídeo, ele aparece em companhia de manifestantes fazendo fotos flagrantemente planejadas e coreografadas, no interior do Palácio do Planalto, demonstrando familiaridade com aqueles que se encontravam no ambiente, além de estar protegido por aqueles que o acompanhavam, como se tudo estivesse combinado”, diz Girão no seu requerimento.
Parlamentares do governo foram contrários à convocação, assim como entidades jornalísticas, alegando perseguição e intimidação ao profissional de imprensa.
No começo de agosto, quando a convocação foi votada na CPMI, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram um documento repudiando a convocação de Machado.
“A convocação deve ser entendida como uma tentativa de intimidar e constranger não apenas Machado, mas também todos os demais repórteres – fotográficos ou não – que deveriam receber dos políticos e governantes garantias para o pleno exercício profissional.”, declararam ABI e Fenaj em nota.
As entidades também afirmaram que os congressistas “ignoram que Machado foi intimidado e ameaçado pelos terroristas” que participaram dos atos do 8 de janeiro.