CPMI decide reexaminar atestado de coronel Naime e não descarta dupla checagem de novos casos
Sessão está mantida para às 14h, de acordo com a secretaria da comissão, até que a situação esteja definida.
A cúpula da CPMI do 8 de janeiro decidiu reexaminar o atestado médico do ex-chefe do departamento de operações da PM do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime, que o livrava de prestar depoimento nesta segunda-feira.
Naime será submetido à análise da junta médica do Senado, nesta tarde, porque apresentou atestado assinado por um psiquiatra particular. O documento informa que o militar sofre de transtorno misto de ansiedade, depressão e transtorno de adaptação.
A sessão está mantida para às 14h, de acordo com a secretaria da comissão, até que a situação esteja definida. Os efeitos do atestado poderiam ser revertidos antes deste horário para que o dia de depoimento não seja perdido.
Amigos de Naime afirmaram à CNN que ele está depressivo e alega não se sentir bem para falar. O militar está preso há cinco meses, acusado de facilitar os atos golpistas, em Brasília.
O atestado foi apresentado pela família do coronel à CPMI. Isso ocorreu no mesmo dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que Naime comparecesse ao depoimento e cumpra o dever legal de prestar esclarecimentos como testemunha. Ao mesmo tempo, ele poderia calado para não se incriminar, já que também é investigado.
Integrantes da cúpula da CPMI afirmaram que novos casos também serão submetidos à dupla checagem. Nesta manhã, a CPI decidiu adotar medidas para evitar que as próximas sessões sejam prejudicadas pela ausência de depoentes, devido a atestados médicos.
