CPI quer ouvir servidor que relatou pressão para compra de vacina indiana
O servidor do Ministério da Saúde relatou ter sido pressionado por superiores para garantir a contratação de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin
A CPI da Pandemia planeja ouvir ainda nesta semana o servidor do Ministério da Saúde que relatou, em depoimento ao Ministério Público Federal, ter sido pressionado por superiores para garantir a contratação de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos.
O requerimento do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), foi pautado para esta quarta-feira (23), dia em que deveria ser ouvido o dono do laboratório, Francisco Maximiano – ele informou à comissão estar em quarentena determinada pela Anvisa, pois retornou da Índia em 15 de junho e deve ficar 14 dias em isolamento. O plano é ouvir o servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda na sexta-feira (25).
Além do servidor, o requerimento prevê o convite ao irmão do servidor, o deputado federal Luis Claudio Fernandes Miranda (DEM-DF). Em postagem recente nas redes sociais, o parlamentar compartilhou vídeo de uma conversa entre os senadores Omaz Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, Eduardo Braga (MDB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) com a hashtag #CPIdaVergonha.
Assessor internacional tem depoimento adiado
Outra mudança na agenda da CPI é o adiamento da oitiva do assessor internacional da Presidência, Filipe Martins. A avaliação da cúpula da CPI é que, a partir de agora, a comissão deve priorizar a investigação sobre a compra das vacinas da Covaxin. Os senadores decidiram explorar o papel da Precisa Medicamentos na aquisição do imunizante produzido pela Índia.
Senadores do G7 ouvidos pela CNN disseram que, depois do depoimento do deputado Osmar Terra (MDB-RS), nesta terça-feira (22), as discussões sobre o chamado ‘gabinete paralelo’ podem ser retomadas mais adiante. O foco, agora, é o rastro do dinheiro. Ou seja, encontrar quem possa ter se beneficiado financeiramente com a pandemia.
Com isso, a CPI decidiu antecipar para quinta-feira (24) os depoimentos do pesquisador Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), e da diretora-executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck, antes previstos para sexta-feira (25).
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