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    CPI do MST é instalada na Câmara dos Deputados; Ricardo Salles é relator

    Comissão Parlamentar de Inquérito vai investigar as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

    Da CNN

    O Câmara dos Deputados instalou, nesta quarta-feira (17), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

    A relatoria fica com o deputado Ricardo Salles (PL-SP), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta consolidar-se como candidato à prefeitura de São Paulo em 2024. O relator é o responsável por elaborar o parecer sobre o tema, levando em consideração as atividades e achados da CPI ao longo dos próximos meses.

    A presidência ficará com o deputado tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) – um dos autores do pedido de criação da CPI. Inicialmente, havia três pedidos de criação de investigação, mas os deputados acabaram se focando no requerimento de Zucco. Foi ele quem escolheu Salles como relator.

    O primeiro e segundo vice-presidentes, respectivamente, são os deputados Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e delegado Fábio Costa (PP-AL). O terceiro vice-presidente, Evair de Melo (PP-ES). Os nomes que compõem a direção do colegiado estavam em chapa única. Houve um acordo para que não houvesse outros concorrentes.

    A oposição deve tentar usar a CPI para conectar as invasões do MST ao Palácio do Planalto.

    A deputada governista Sâmia Bomfim (PSOL-SP) afirmou que Salles deveria ser declarado impedido de assumir a relatoria da CPI devido a investigações em andamento, nas quais ele está envolvido, e a declarações anteriores dele. O pedido foi indeferido por Zucco.

    Nesta primeira reunião, Sâmia e Éder Mauro (PL-PA), da oposição ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bateram boca acerca das ações e finalidades do MST.

    Zucco afirmou que a CPI deve terminar em 28 de setembro deste ano, ressalvadas eventuais prorrogações. O plano de trabalho deve ser apresentado na próxima reunião.

    Ele afirmou que a intenção da CPI é estabelecer paz e ordem no campo e que [os parlamentares] não são contra a reforma agrária. Ele disse que a comissão será pautada pelo “cumprimento das leis e regimento interno”.

    “Sem perseguição ou revanchismo”, declarou ao acrescentar que irão se “ater aos fatos, provas e depoimentos”.

    Ricardo Salles também fez breve fala no mesmo sentido, de que o trabalho será regido por critérios técnicos.

    A CPI do MST conta com 40 deputados ruralistas, ligados à Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), e apenas 14 governistas, conforme apurou a CNN. São 54 membros entre titulares e suplentes.

    Outras duas comissões também foram instaladas na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (17): a CPI das Apostas Esportivas, para investigar a manipulação de resultados em jogos de futebol; e a CPI das Americanas, para investigar as inconsistências contábeis das Lojas Americanas.

    *Publicado por Fernanda Pinotti, com informações de Luciana Amaral, da CNN em Brasília

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