CPI das ONGs deve ser instalada no Senado no dia 14 e prevê convocar entidades que atuam na Amazônia
Autor do pedido diz que comissão não é contra o governo, mas afirma que o PT "financiou vários órgãos no passado"; com a instalação, Congresso terá cinco CPIs abertas
Deverá ocorrer neste mês a instalação de mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, que irá investigar as Organizações Não-Governamentais (ONGs). A sessão para eleger o presidente e indicar o relator está agendada para o dia 14, às 14h.
O acordo entre os senadores é para que o presidente do colegiado seja o senador Plínio Valério (PSDB-AM). Para a relatoria, o nome mais cotado por enquanto é o do senador Márcio Bittar (União Brasil-AC).
Valério diz que a atuação do colegiado será para desvendar problemas na região da Amazônia.
“O objetivo é mostrar que muitas ONGs, principalmente as ambientais, se utilizam do nome Amazônia para ficar ricos entre os seus membros. Eles ficam ricos, mas quem os financia consegue o objetivo que quer: imobilizar a Amazônia, botar cadeados que não podemos cerrar. Cadeados ambientais. Hoje na Amazônia não se pode fazer nada”, disse o parlamentar.
O autor do pedido de abertura da CPI disse ainda que a comissão não é contra o atual governo e que vai levantar dados de governos anteriores.
“A CPI não é contra o governo, é uma CPI contra ONGs que nos prejudicam. Claro que nós vamos remontar governos anteriores do PT e vai ficar patente que o PT financiou”, destacou Valério.
Essa é a terceira vez que Valério tenta emplacar a CPI das ONGs. Nas gestões anteriores, ela não saiu do papel.
Até o momento existem quatro CPIs em funcionamento na Câmara e no Senado: Americanas, 8 de Janeiro, Apostas Esportivas e MST.