CPI das Apostas: após Deolane pedir para faltar a depoimento, Kajuru pede avaliação da consultoria do Senado
Presidente da CPI se reunirá com consultoria jurídica da Casa nesta quinta para discutir alternativas para exigir presença da influenciadora
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, se reunirá com a consultoria jurídica do Senado nesta quinta-feira (17) para discutir formas de exigir que a influenciadora Deolane Bezerra preste depoimento ao colegiado.
Na última semana, os integrantes da CPI aprovaram um requerimento de convocação de Deolane. Ela é obrigada a participar da sessão, marcada para 30 de outubro. No entanto, nessa quarta-feira (16), a defesa da influenciadora pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não comparecer ao colegiado.
Caso ela continue sendo obrigada a ir, o pedido da defesa é para que seja garantido a Deolane o direito ao silêncio, para que ela não se incrimine. A influenciadora também pede para ser acompanhada por um advogado durante a CPI.
Procurado pela CNN, o senador Jorge Kajuru disse que fará uma reunião com a consultoria jurídica do Senado nesta quinta para discutir o caso. O STF ainda não se posicionou sobre o pedido da defesa de Deolane, mas a ideia de Kajuru é se antecipar caso a influenciadora seja atendida.
“Nós vamos procurar uma forma na Justiça dela ter que comparecer”, afirmou o congressista.
A influenciadora, advogada e empresária é investigada por um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a empresa de apostas online Esportes da Sorte.
Kajuru avalia que, ao pedir para não comparecer à sessão, Deolane “assinou a confissão de que está envolvida dos pés à cabeça” com o esquema de lavagem de dinheiro. “Nunca vi inocente pedir para não comparecer. Só pede para não comparecer e só pede habeas corpus quem tem medo”, avaliou.
O presidente da CPI também disse que as investigações não serão prejudicadas caso Deolane participe da sessão mas permaneça em silêncio. “Mesmo que ela não queira responder, vamos no relatório apresentar tudo que ela fez. A Polícia Civil de Pernambuco [responsável pelas investigações] nos abasteceu de muitas informações. Estamos muito tranquilos em relação a isso”, afirmou.
A CPI foi instalada em 10 de abril e tem prazo de funcionamento até fevereiro de 2025, mas os trabalhos no Legislativo se encerram em 22 de dezembro para o recesso parlamentar.
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