CPI da Pandemia votará convocação de presidente da CBF
A data do depoimento, contudo, não deve ser marcada ainda, mas a expectativa é de que ocorra até o final de junho, durante a realização da Copa América
A CPI da Pandemia planeja votar na próxima terça-feira (8) requerimento de convocação do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rogério Caboclo.
O pedido de convocação, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), deve ser votado antes do depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, marcado para o mesmo dia. Não há ainda, no entanto, consenso no G7, grupo de senadores independentes e de oposição, sobre a data para o depoimento do dirigente esportivo.
A ideia é que seja marcado até o final de junho, durante ainda a realização da Copa América, que será disputada no Brasil até o início de julho. A ala governista na CPI da Pandemia é contra a convocação.
O G7 pretende questionar Caboclo sobre as medidas sanitárias adotadas pela CBF para evitar a contaminação de seleções e comissões técnicas pela Covid-19. Procurada pela CNN Brasil, a CBF disse que não irá comentar.
Fraudes no Amazonas
Na terça-feira (8), a CPI da Pandemia também vai discutir se manterá para o dia 15 de junho o depoimento do secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campelo.
Ele foi preso pela Polícia Federal no aeroporto de Manaus na quarta-feira (2). Alvo de operação, o secretário estadual voltava de Campinas onde cumpria agenda particular.
Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da secretaria de Saúde realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do governo do estado.
As irregularidades envolvem um hospital de campanha. E o local não atenderia às necessidades básicas de assistência ao combate à Covid-19 e ainda colocaria os funcionários em risco de contaminação.
Em nota, a secretaria estadual de Saúde informou que não chegou a realizar qualquer pagamento neste ano pela utilização do hospital de combate ao coronavírus. Segundo ela, a unidade hospitalar não foi alugada, mas requisitada pelo governo estadual.
“A secretaria estadual também não realizou qualquer pagamento pelos serviços requisitados, pois os mesmos ainda estão em fase de instrução processual”, ressaltou.